OPERAÇÃO PERFÍDIA

PF deflagra operação contra suspeita de fraudes durante Intervenção Federal no RJ; ex-ministro de Bolsonaro é investigado

O general Walter Souza Braga Netto, à época nomeado interventor, é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça

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Marcelo Aprígio

Publicado em 12/09/2023 às 8:32 | Atualizado em 12/09/2023 às 8:37
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (12), uma operação que mira militares que participaram do Gabinete da Intervenção Federal (GIF) no Rio de Janeiro, em 2018.

Batizada de Perfídia, a operação também tem empresários como alvos e investiga supostas fraudes na verba do programa, que custou R$ 1,2 bilhão.

O general Walter Souza Braga Netto, à época nomeado interventor pelo então presidente Michel Temer (MDB), é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.

Braga Netto também é ex-ministro da Defesa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também foi candidato a vice-presidente ao lado de Bolsonaro, nas eleições de 2022.

Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão são cumpridos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal. Não há mandados de prisão, além disso, Braga Netto não é alvo de mandados.

PF NAS RUAS

A investigação visa apurar os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais quando da contratação de uma empresa norte-americana pelo Governo Brasileiro para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço no ano de 2018, pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.

A investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna, na qual informa que a empresa estrangeira e o Governo celebraram contrato, por meio do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, para adiquirir 9.360 coletes balísticos com sobrepreço de R$ 4,6 milhões.

O governo dos Estados Unidos avisou às autoridades brasileiras do possível desvio ao investigar o atentado ao presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em julho de 2021.

Além desta contratação, a Operação Perfídia investiga o conluio de duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formam um cartel desse mercado no Brasil. Tais empresas possuem milhões em contratos públicos.

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