Política

Roberto Jefferson irá a júri popular por atirar em policiais, decide Justiça

Em outubro do ano passado, Roberto Jefferson atirou contra policiais que tentaram cumprir mandado de prisão

Imagem do autor
Cadastrado por

Gabriel dos Santos

Publicado em 14/09/2023 às 9:55
Notícia
X

A juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, proferiu uma decisão determinando que o ex-deputado federal Roberto Jefferson seja submetido a julgamento por júri popular.

O QUE ACONTECEU?

Roberto Jefferson enfrenta acusações de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais que estavam cumprindo um mandado de prisão em sua residência em Comendador Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro, em 23 de outubro do ano passado.

Na ocasião, Jefferson resistiu à prisão e, de uma posição elevada no segundo andar de sua casa, disparou contra os agentes federais. Utilizando uma carabina, ele também lançou granadas em direção ao veículo oficial da PF, causando danos substanciais.

Policiais ficaram feridos

No confronto com a Polícia Federal, o delegado Marcelo André Côrtes Villela e a agente Karina Lino Miranda de Oliveira foram feridos por estilhaços de uma das granadas lançadas por Jefferson e precisaram ser hospitalizados.

Preso

A juíza manteve a prisão preventiva de Jefferson, apesar do pedido da defesa para a conversão em prisão domiciliar. Em sua decisão, ela afirmou que as provas de autoria e materialidade dos crimes estão bem estabelecidas, e não há novos elementos que justifiquem uma mudança na decisão de manter o réu sob prisão preventiva para garantir a ordem pública.

A juíza Abby Magalhães declarou: "Com base no artigo 413 do Código de Processo Penal, pronuncio o acusado Roberto Jefferson para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri."

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) alegou que "a utilização de três granadas adulteradas, juntamente com cerca de 60 disparos de carabina na direção dos policiais, que estavam em uma via pública, representou um perigo evidente à segurança pública."

Anteriormente, o ministro Alexandre de Moraes havia ordenado a nova detenção de Jefferson, que já estava em prisão domiciliar, após ele proferir insultos e palavras de baixo calão contra a ministra do STF, Cármen Lúcia.

Tags

Autor