Direito do Consumidor

Aumento na mensalidade de colégio: Especialista em Direito do Consumidor faz alerta aos pais, que podem contestar reajustes

Especialista explica como pais podem questionar colégios, em caso de aumento abusivo no valor da mensalidade

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Gabriel dos Santos

Publicado em 25/09/2023 às 11:05 | Atualizado em 25/09/2023 às 11:06
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Com a chegada do final de ano, muitos pais já começam a planejar os gastos de 2024. Nesse sentido, é importante colocar na ponta do lápis quanto vão gastar com o colégio dos filhos. Para o próximo ano, a expectativa é de que muitas escolas façam reajuste nas mensalidades.

Um levantamento feito pelo site Melhor Escola mostra que os valores das mensalidade sofrerão um aumento médio de 9% em comparação com este ano de 2023.

Há escolas com reajustes bem maiores - chegando a 35% de elevação no valor, com relação à mensalidade de 2023.

“Apesar de causar estranheza o reajuste ser maior que a inflação, isso é natural, por conta da lógica do reajuste, que prevê tanto o reajuste inflacionário quanto o nível de investimento que escola fez ao longo do ano”, explica o sócio-fundador do Melhor Escola, Sergio Andrade, em entrevista à Agência Brasil.

DIREITO DO CONSUMIDOR

Segundo especialistas, em caso de considerarem o aumento abusivo, os pais dos alunos podem contestar o reajuste.

“As escolas particulares e as faculdades têm que justificar o reajuste, têm que apresentar publicamente para o aluno e para a comunidade escolar uma planilha com o aumento da despesa. Não pode reajustar para ter mais lucro, tem que mostrar que teve aumento proporcional a despesa”, disse o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Britto.

O ideal, afirma o especialista, é que a contestação seja realizada de maneira amigável. “Caso sejam lesados, podem procurar o Procon. Já há no Brasil todo uma rotina de notificar a escola ou faculdade a apresentar sua planilha que, por lei, são obrigadas a apresentar”.

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