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Projeto de usina em praia de Fortaleza pode derrubar internet no Brasil, dizem operadoras

Praia concentra uma rede de cabos submarinos que fornecem internet para todo o país

Cadastrado por

Marilia Pessoa

Publicado em 29/09/2023 às 19:22
A internet pode ser usada para propagar informações falsas, promover a violência, o ódio, a discriminação e cometer crimes como o cyberbullying, a difamação, o assédio sexual, as fraudes - Nao Triponez/Pexels

A Praia do Futuro, em Fortaleza, concentra em baixo d'água uma rede de cabos submarinos que fornecem internet para todo o Brasil. Porém, está acontecendo um embate entre um projeto do governo do Estado no local e empresas telefônicas.

O governo estadual defende a construção de uma usina que transformará a água do mar em água potável. No entanto, as operadoras de telecomunicações estão preocupadas quanto ao risco de danificar os cabos que sustentam a internet.

Fortaleza se destaca como a primeira cidade no Brasil a receber cabos de fibra ótica vindos da Europa, proporcionando uma conexão à internet de alta velocidade, por causa localização geográfica favorável da capital cearense.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os cabos são responsáveis são responsáveis por gerenciar 99% do fluxo de dados.

Ainda de acordo com a Anatel, caso esses cabos sejam rompidos, o país inteiro ficaria sem internet ou com a conexão lenta.

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Por conta disso, a Anatel emitiu uma recomendação contrária à instalação do projeto da usina de dessalinização. A medida parou o andamento do projeto.

A nova estimativa indica um atraso de, pelo menos, seis meses na conclusão da usina.

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) lidera o empreendimento da usina de dessalinização. Conforme o plano, a usina deve aumentar a oferta de água na região metropolitana de Fortaleza em 12%.

O diretor-presidente da Cagece, Neuri Freitas, explicou que foi feito um ajuste na localização dos cabos e outras infraestruturas, aumentando a distância de 40 para 500 metros, contornando a área do projeto da usina, para prevenir possíveis danos aos cabos.

A companhia disse, por meio de nota, que fez mudanças no projeto que custaram "na ordem de R$ 35 a 40 milhões" e que agora a usina "não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos localizados na Praia do Futuro".

*Com informações do G1 Ceará e Alô Alô Bahia.

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