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Israel cria prazo de 24 horas para palestinos saírem de Gaza antes de operações; ONU pede interrupção

Palestinos da Cidade de Gaza têm 24 horas para sair do local antes de início de operações "significativas" alerta Israel. ONU apela para interrupção de planos de grandes ataques no local e OMS alerta que retirar pacientes graves de hospitais é "sentença de morte"

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Cynara Maíra

Publicado em 13/10/2023 às 7:15
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Nesta quinta-feira (12), o exército israelense emitiu um alerta à população de Gaza, pedindo que os moradores da Cidade de Gaza evacuassem suas casas e se deslocassem para o sul em um prazo de 24 horas. Os canais de comunicação das forças militares de Israel também compartilharam essa orientação.

De acordo com membros do exército israelense, essa evacuação foi solicitada visando a segurança das pessoas que residem na região, elas foram instruídas a aguardar permissão de Israel antes de retornar à Cidade de Gaza.

O alerta é direcionado exclusivamente aos habitantes da Cidade de Gaza, que conta com aproximadamente 677 mil residentes, e não à população de toda a Faixa de Gaza, que abriga cerca de 1,1 milhão de pessoas.

Israel informou que as operações em Gaza seriam "significativas" e alertou os habitantes locais para não se aproximarem nem cruzarem a fronteira. Isso gerou preocupações entre muitos palestinos, que temeram uma possível invasão terrestre israelense na região.

Antes de a informação se espalhar pelas redes sociais, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o comunicado foi divulgado perto da meia-noite no horário local, o que daria aos palestinos até as 18h no horário de Brasília para deixar a área.

O chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, reagiu à situação, alegando que o alerta israelense era uma "propaganda falsa, com o objetivo de causar confusão entre os cidadãos e prejudicar nossa coesão interna". Ele também aconselhou os palestinos a não se envolverem nessas tentativas.

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ONU apela para que Israel pare com planos de ataque

Em resposta a essa solicitação do exército israelense, Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, solicitou que Israel rescinda qualquer ordem de ataque para "evitar o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa". 

Essa movimentação é causada pelo posicionamento da ONU de que seria "impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras" por não haver tempo suficiente para que esse grande número de pessoas consiga se movimentar para fora da região que supostamente seria atacada. 

Dujarric ainda indicou que a ordem para que fosse deixada a parte norte de Gaza foi dada também aos funcionários da ONU e às pessoas que estão utilizando instalações da ONU como abrigo. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também apelou com Israel, ao relatar que a movimentação de pessoas em estado grave nos hospitais de Gaza e/ou precisam de suporte de respiração seria uma "sentença de morte". 

A fronteira de Israel com a Faixa de Gaza está cercada por diversos tanques de guerra, desde o começo da semana os israelenses bloqueiam a entrada de comida, água e medicamentos na Cidade de Gaza. É relatado que os sinais de telefonia e a eletricidade também foram comprometidos por Israel. 

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