Exército de Israel se prepara para invadir Faixa de Gaza por terra; número de mortos já passa de 5 mil
Faixa de Gaza vive em extrema pobreza desde antes deste conflito; agora, população está sem água, sem eletricidade e até mesmo hospitais estão sem remédio
O mundo vive a expectativa sobre quando Israel vai invadir a Faixa de Gaza. A operação já foi anunciada, mas não se sabe quando os militares entrarão no território governado pelo Hamas.
Nesta quinta-feira (19), o jornalista brasileiro Gabriel Chaim, que cobre a guerra para a GloboNews, disse que acompanhou um treinamento do Exército de Israel no deserto, que parece ser um treinamento para a invasão.
Questionado por Chaim se aquilo era um ensaio para a invasão, o comandante do treinamento riu e disse que não sabia quando aconteceria, mas não negou.
GUERRA JÁ DEIXOU 5 MIL MORTOS
Nesta quinta (19), a guerra entre Israel e Hamas chega ao 13º dia, com a marca de mais de 5 mil mortos - a maioria do lado palestino - e a promessa israelense de que o conflito será longo.
A Faixa de Gaza continua sendo bombardeada. Hoje, um míssil atingiu uma casa na cidade de Khan Younes, no Sul de Gaza, deixando mais mortos. A região é para onde o Exército de Israel ordenou que a população civil se deslocasse, depois de sair do Norte.
Netanyahu insiste em "longa" guerra
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a dizer que a guerra será "longa".
"Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa", garantiu Netanyahu, durante pronunciamento ao lado do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que está em Israel nesta quinta.
Há 3.785 mortos do lado palestino e 1.402 vítimas fatais em Israel. Três brasileiros morreram no território israelense.
Tentativa de corredor humanitário
Rishi Sunak está em Israel tentando abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza para entrada de suprimentos e retirada de civis britânicos que estão no local, bombardeado por Israel.
Até o momento, não há previsão sobre quando civis que estão no Sul de Gaza poderão sair do local para fugir da guerra.
Há cerca de 30 brasileiros tentando sair do local. A maioria do grupo é formada por crianças e mulheres.
Hospital sem eletricidade
Na Faixa de Gaza, o segundo maior hospital da região desligou as luzes na maior parte do prédio, para tentar economizar o pouco de combustível que ainda tem, segundo o portal G1.
Médicos do Hospital Nasser usam luzes de celular e lanternas em vários setores, para manter a energia somente na Unidade de Tratamento Intensivo. Há outras unidades de saúde em situações semelhantes.