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A recriação do Ministério da Segurança Pública intensifica a tensão entre Abin e PF

Possibilidade de recriar ministério para segurança pública aumenta desconfiança entre integrantes da Abin e da Polícia Federal (PF)

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Vitória Floro

Publicado em 26/10/2023 às 7:56 | Atualizado em 26/10/2023 às 8:09
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A tensão nos bastidores entre membros da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) continua a crescer após a recente operação realizada na sexta-feira (20/10), relacionada ao suposto uso ilegal de um sistema de monitoramento por geolocalização. Essa tensão é agravada pela perspectiva de recriação do Ministério de Segurança Pública.

Na terça-feira (24/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou essa possibilidade, em meio à crise de segurança que atinge o estado do Rio de Janeiro e às especulações sobre a nomeação do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Vale destacar que o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, desempenhou o cargo de secretário de segurança pública de 2003 a 2007, durante o primeiro mandato de Lula, e posteriormente foi diretor-geral da PF de 2007 a 2010.

Segundo informações obtidas de fontes da Abin, Corrêa é considerado um nome que tem a atenção do presidente, e mesmo que não seja cotado para se tornar ministro, sua influência na escolha do próximo titular da pasta é considerada.

No cenário em que o Ministério de Segurança Pública seja recriado, a PF passaria a operar sob a sua jurisdição.

Entretanto, dentro da Abin, há uma percepção de que a atual liderança da PF tem preocupações sobre uma possível subordinação a Luiz Fernando Corrêa. A tensão entre as agências de segurança e a possível reorganização do governo continua sendo um tema de destaque nos bastidores políticos.

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