O conflito entre Israel e o grupo Hamas continua a se prolongar, chegando agora ao seu 13º dia. Na madrugada de quinta-feira, 19 de outubro, ocorreu um ataque realizado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) que resultou na morte de Jamila al-Shanti, a viúva do cofundador do grupo, e de Rafat Abu Hilal, o chefe militar do grupo Comitês de Resistência Popular de Gaza.
As FDI relataram que o ataque aéreo teve lugar na cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, resultando na morte de Rafat Abu Hilal. O grupo que ele liderava é considerado a terceira maior facção na Faixa de Gaza, depois do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. O próprio Hamas confirmou a morte de Jamila, que foi a primeira mulher eleita para o setor político do grupo.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) continuam realizando ataques em toda a Faixa de Gaza. Durante o último dia, as FDI destruíram diversas infraestruturas terroristas do Hamas, incluindo locais de lançamento de mísseis antitanque, poços de túneis, locais de inteligência, quartéis-generais operacionais e outros quartéis-generais.
Na terça-feira anterior, 18 de outubro, as FDI haviam anunciado a morte de outro comandante do Hamas. No total, mais de 40 pessoas perderam a vida e 21 ficaram feridas até o momento, incluindo 10 membros do comando Nukhba dentro do Hamas.
Na quarta-feira, 18 de outubro, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, apelou para que Israel não fosse dominado pelo ódio em sua resposta aos ataques do grupo Hamas. Ele também anunciou que o país concordou em abrir a passagem para a entrega de ajuda humanitária entre o Egito e a Faixa de Gaza, reconhecendo as necessidades humanitárias da população palestina.
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Situação atual do conflito entre Israel e Hamas
Após intensas negociações e expressiva preocupação de líderes globais, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou sobre a proposta de resolução brasileira, que visava a atenuar o conflito entre Israel e o Hamas. No entanto, o texto não foi aprovado, sofrendo um veto por parte dos Estados Unidos (EUA). Isso implica que uma solução pacífica se afasta no horizonte.
Os mais de 2 milhões de palestinos que residem na Faixa de Gaza continuam enfrentando um conflito aparentemente interminável. Até a última quarta-feira (18/10), o confronto já havia resultado em mais de 4.900 mortes, com 3.540 delas ocorrendo na Palestina e 1.400 em Israel. O número total de feridos ultrapassa 17.700 pessoas.
Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a decisão de permitir uma ajuda limitada via Egito foi tomada após um pedido formal do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante sua visita a Israel.
O governo brasileiro já repatriou mais de 1.100 pessoas, concluindo a primeira fase da maior operação realizada pelo país em uma zona de conflito. Até o momento, 1.135 cidadãos brasileiros foram transportados de Israel para o Brasil por meio de voos da Força Aérea Brasileira (FAB).
Essa operação de resgate, denominada "Operação Voltando em Paz," teve início imediatamente após o início do conflito declarado entre Israel e o grupo extremista Hamas. Entretanto, ainda restam brasileiros na Faixa de Gaza que não podem atravessar a passagem de Rafah, rumo ao Egito, devido ao conflito em curso.