GUERRA ISRAEL E HAMAS

No 14º dia de guerra no Oriente Médio, ajuda humanitária para Faixa de Gaza ainda é incerta; caminhões estão na fronteira com o Egito

Até o momento, Israel autorizou entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária, mas operação ainda não começou

Cadastrado por

Gabriel dos Santos

Publicado em 20/10/2023 às 10:04
Ajuda humanitária deve começar a entrar na Faixa de Gaza nesta sexta (20) após mais de 10 de cerco israelense e falta de suprimentos para civis - Mahmud HAMS / AFP

Ao completar duas semanas, a guerra entre Israel e Hamas já deixou mais de 5,5 mil mortos. Nesta sexta-feira (20), há grande expectativa sobre a entrada de ajuda humanitária para o território de Faixa de Gaza.

A entrada de 20 caminhões com alimentos, água e remédios foi anunciada por Israel há dois dias, mas a operação ainda não começou. 

A ONU considera a quantidade de caminhões muito insuficiente e calcula que, no momento, seriam necessários entre 2 e 3 mil carregamentos. 

Os 20 primeiros caminhões já estão na fronteira com o Egito, mas Israel quer fazer um grande controle para ter certeza de que os mantimentos não seguirão para os terroristas do Hamas.

CIVIS PRESOS EM GAZA

Gaza tem uma população de cerca de 2 milhões de pessoas. Desde o início da guerra, há 14 dias, ninguém conseguiu sair da região.

Na região Sul de Gaza, perto da fronteira com o Egito, há milhares de pessoas aguardando a abertura da fronteira para fugir do local, mas nem Egito nem Israel autorizam a entrada dos refugiados.

Resumo das últimas duas semanas da guerra no Oriente Médio

No sábado (14), o Hamas, que é um grupo político que controla a Faixa de Gaza e que tem um braço terrorista, disparou centenas de mísseis contra o território israelense.

Além disso, terroristas do Hamas entraram fisicamente em Israel e mataram e sequestraram israelenses em várias cidades perto da fronteira.

Israel contra-atacou e também lançou bombas contra a Faixa de Gaza. Existe a grande expectativa para que militares israelenses entrem fisicamente na área controlada pelos terroristas nas próximas horas ou dias.

Centenas de pessoas continuam desaparecidas (muitas delas foram sequestradas pelo Hamas e levadas para dentro de Gaza). Suspeita-se de que esses reféns estejam escondidos em túneis subterrâneos, onde os terroristas se escondem.

Além de árabes e israelenses, há vítimas de outras nações como Estados Unidos, Reino Unidos e França. Três brasileiros morreram.

MOTIVO: POR QUE O HAMAS ATACOU ISRAEL?

Esta guerra é, na verdade, um novo capítulo de um conflito que se arrasta há décadas no Oriente Médio. 

O Hamas é  um grupo extremista, que prega o fundamentalismo Islâmico, controla a Faixa de Gaza e pede a abolição do Estado de Israel, que tem maioria judaica. 

Por outro lado, o Estado de Israel tem, nas últimas décadas, avançado sobre a fronteira com a Palestina, aumentando seu território e reduzindo o espaço dos muçulmanos. Além disso, os israelenses construíram assentamentos, que são como acampamentos (protegidos por muros), dentro do território palestino.

O Hamas argumenta que, com esses novos ataques iniciados no último sábado, pretende retomar territórios ocupados pelos israelenses.

Em 1948, a Organização das Nações Unidas desenhou um acordo estabelecendo a criação do Estado de Israel e o Estado da Palestina. A Palestina seria dividida fisicamente entre Faixa de Gaza ao sul e Cisjordânia, no Norte. A cidade de Jerusalém seria dividida entre as duas nações e teria controle internacional.

Os palestinos nunca assinaram o acordo. 

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