GUERRA ISRAEL E HAMMAS

Conselho de Segurança da ONU pede nova pausa humanitária em Gaza

Brasil é presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU

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Vitória Floro

Publicado em 30/10/2023 às 7:17 | Atualizado em 30/10/2023 às 7:21
A Assembleia Geral da ONU, que reúne os 193 Estados-membros das Nações Unidas, retomou o tema depois que o Conselho de Segurança rejeitou resoluções - Andrea RENAULT / AFP

A reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU convocada pelos Emirados Árabes Unidos tem como finalidade instar Israel a acatar uma trégua humanitária nos conflitos em curso na Faixa de Gaza. Este encontro está agendado para a segunda-feira, 30 de outubro, em Nova York, e contará com a presença do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira.

Na declaração em que pede a reunião de emergência, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes destacou “a importância da proteção dos civis, de acordo com o direito humanitário internacional, os tratados internacionais para a proteção dos civis e dos direitos humanos, e a necessidade de garantir que eles não são alvo durante o conflito”.

Missão difícil para Conselho de Segurança da ONU

Esta será uma tarefa extremamente desafiadora, especialmente após Israel ter conquistado avanços significativos contra o grupo extremista Hamas em Gaza durante o fim de semana. Além disso, quatro tentativas de garantir uma interrupção temporária do conflito no Conselho de Segurança não obtiveram sucesso, pois as propostas de resolução da Rússia, Brasil e Estados Unidos foram vetadas.

Vale ressaltar que o Brasil está atualmente presidindo o Conselho de Segurança até 31 de outubro. Para fortalecer o apelo por um cessar-fogo temporário, o Brasil enviará o chanceler Mauro Vieira para a reunião. O Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes com poder de veto: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Além desses, os membros rotativos do conselho incluem Albânia, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

Na sexta-feira (27/10), a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução recomendando um cessar-fogo entre Israel e membros do Hamas. No entanto, essa medida é de natureza não obrigatória, o que significa que as partes envolvidas no conflito não estão legalmente obrigadas a acatá-la. O governo de Israel já anunciou que não cumprirá essa sugestão.

Israel em Gaza

Sob cerco israelense, a Faixa de Gaza já enfrentava uma crise humanitária antes do início da guerra. A entrada de suprimentos essenciais, como água, comida e medicamentos, estava sendo bloqueada pelas forças israelenses.

No entanto, a ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiram negociar aberturas humanitárias para permitir o envio desses mantimentos.

A situação em Gaza agravou-se na última semana com a invasão terrestre de Israel. O chefe do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi, anunciou que o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas está avançando para uma nova fase.

Segundo o general, "Essa guerra tem etapas e hoje passamos para a próxima etapa. Nossas forças estão atualmente operando no terreno na Faixa de Gaza."

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