Conflito no Oriente Médio

Gaza: ONU está "horrorizada" com ação israelense contra hospital Al-Shifa

Cruz Vermelha também expressou preocupação com ação do exército de Israel contra maior hospital da Faixa de Gaza, que abrigava 1,5 mil refugiados

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Gabriel dos Santos

Publicado em 15/11/2023 às 11:24 | Atualizado em 16/11/2023 às 10:24
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Prédio ao lado de casa de brasileiro é bombardeado na Faixa de Gaza
Prédio ao lado de casa de brasileiro é bombardeado na Faixa de Gaza - NE10

A invasão de forças israelenses contra o maior hospital da Faixa de Gaza provocou uma série de repercussões internacionais nesta quarta-feira, dia 15 de novembro. As informações são do UOL.

O diretor do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths, disse que está "horrorizado" com a invasão.

"A proteção dos recém-nascidos, pacientes, profissionais da saúde e de todos os civis deve ter precedência sobre todas as outras questões", afirmou na rede social X (antigo Twitter).

Mais cedo, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Thedros Adhanom, disse que os relatos da invasão são muito preocupantes. No X (antigo Twitter), Adhanom disse que perdeu contato com a equipe que trabalha no hospital e disse estar preocupado com a segurança dos funcionários. 

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha emitiu um comunicado no qual afirma que "está extremamente preocupado com o impacto para os pacientes e feridos, profissionais da saúde e civis".

ATAQUE CONTRA HOSPITAL DE GAZA

O hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, foi invadido por militares israelenses na madrugada desta quarta-feira (15) - quando ainda era noite de terça-feira, no horário de Brasília.

No último domingo (12), a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia informado que o hospital estava abrigando 1.500 refugiados. A unidade de saúde também tinha 600 pacientes e 500 profissionais de saúde, segundo o relatório da entidade.

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Ações contra hospitais nesse tipo de conflito são sempre muito polêmicas, uma vez que atacar unidades de saúde é considerado crime de guerra, de acordo com as leis internacionais.

GUERRA DE VERSÕES: O QUE DIZEM ISRAEL E HAMAS?

Israel, entretanto, afirma que o Al-Shifa era usado pelos terroristas do Hamas para guardar armas. 

O exército israelense afirma estar fazendo uma varredura no hospital. Segundo as fontes israelenses, explosivos que seriam usados pelos terroristas foram desarmados e armas foram encontradas.

O Hamas, por outro lado, nega a alegação do governo israelense e diz que 30 pessoas morreram nesta ação contra o Al-Shifa.

Até a terça-feira (14), a Palestina disse que 11,2 mil pessoas já haviam morrido no território muçulmano. Em Israel, o número de mortos é de 1.200.

Não há indícios de que o fim do conflito esteja perto.

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