CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

Israel anuncia cerco total à Cidade de Gaza

Depois de quase quatro semanas de conflito, o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 9.000, sendo 3.760 crianças, segundo autoridades locais

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Marcelo Aprígio

Publicado em 03/11/2023 às 7:28 | Atualizado em 03/11/2023 às 7:30
Foto tirada da cidade de Sderot, no sul de Israel, mostra sinalizadores lançados pelas forças israelitas sobre o norte da Faixa de Gaza, no dia 30 de outubro de 2023, no meio de batalhas em curso entre Israel e o movimento palestino Hamas - JACK GUEZ/AFP

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram na noite desta quinta-feira (2) que cercaram completamente a Cidade de Gaza, enclave de onde partiram os ataques perpetrados pelo grupo islâmico Hamas, que é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, os Estados Unidos e a União Europeia.

"Os soldados concluíram o cerco à Cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas", declarou o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari.

Em resposta à declaração, o braço armado do Hamas, formado pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, disse que Gaza seria uma "maldição" para Israel e que seus soldados voltariam para casa "em sacos pretos".

NÚMERO DE MORTOS

Depois de quase quatro semanas de conflito, o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 9.000, sendo 3.760 crianças, de acordo com informações divulgadas por autoridades locais.

A quantidade de crianças mortas no conflito Israel-Hamas é mais de seis vezes maior do que as 560 vítimas registradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 19 meses de guerra na Ucrânia.

Líderes americanos e árabes, a exemplo de aliados americanos, como a Jordânia, aumentaram a pressão para que Israel alivie o cerco ao enclave.

Também nesta quinta, a Câmara dos Deputados dos EUA, controlada por parlamentares do Partido Republicano, aprovou um projeto de lei que concede 14,3 bilhões de dólares em ajuda a Israel. Mas parlamentares democratas, que controlam o Senado, já avisaram que o projeto não deve seguir adiante.

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