Lideranças internacionais condenaram neste sábado (4) o ataque de Israel contra uma ambulância na Faixa de Gaza que, segundo o grupo terrorista Hamas, fazia parte de um comboio para transportar feridos da região para o Egito.
O Exército israelense afirmou, por sua vez, que a ambulância era "usada por uma célula terrorista do Hamas".
Segundo o Ministério da Saúde do território palestino o ataque à ambulância causou 15 mortos e deixou 60 feridos.
"Estou horrorizado com o ataque relatado em Gaza a um comboio de uma ambulância fora do hospital Al Shifa. As imagens dos corpos espalhados na rua fora do hospital são angustiantes", disse António Guterres, secretário-geral da ONU.
O chefe da ONU insistiu que "não esquece os ataques terroristas cometidos em Israel pelo Hamas", mas acrescentou que "por quase um mês, os civis de Gaza, incluindo crianças e mulheres, têm sido sitiados, privados de ajuda, mortos e expulsos de suas casas com bombardeios".
"Isso deve parar", continuou. A situação humanitária em Gaza é "horrível", disse. "Não há comida, água ou remédios suficientes, e o combustível para abastecer hospitais e usinas de água está se esgotando."
Guterres pediu novamente um cessar-fogo e a libertação dos reféns tomados pelo Hamas em seu ataque inicial em 7 de outubro.
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou na rede social X estar "totalmente chocado com os relatos de ataques a ambulâncias".
A Coordenadora de Assuntos Humanitários da ONU, Lynn Hastings, se disse alarmada com uma operação dirigida contra pacientes que iam ser levados para locais seguros.