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Lula justifica entrada do Brasil na Opep+ para 'convencer' produtores de petróleo sobre fim dos combustíveis fósseis

A Opep+ é composta pelos principais produtores de petróleo do mundo e seus aliados, incluindo a Rússia

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Marcelo Aprígio

Publicado em 02/12/2023 às 9:50
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Neste sábado (2), durante sua viagem a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil se juntará à Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) como observador, visando a influenciar os países produtores de petróleo a se prepararem para o declínio dos combustíveis fósseis.

"A gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis", disse Lula.

"Porque se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis", acrescentou.

OPEP+

A Opep+ é composta pelos principais produtores de petróleo do mundo e seus aliados, incluindo a Rússia.

O anúncio da adesão do Brasil ao grupo foi feito na quinta-feira (30), durante uma reunião na qual o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve presente.

Além disso, o mandatário disse ainda que a participação do Brasil na Opep+ será semelhante à participação no G7.

"O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+. É que nem eu participar do G7. Participo do G7 desde que ganhei pra presidente da República. Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomam a decisão. E venho embora. Não apito nada", disse o Lula.

PETROBRAS FORA DAS COTAS

Antes das declarações de Lula, o presidente-executivo da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates, mencionou que "o Brasil irá integrar o grupo de produtores de petróleo Opep+ com uma função de cooperação e observação das decisões, sem, no entanto, fazer parte do sistema de cotas de produção".

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