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Ex-mulher denuncia deputado Alberto Feitosa por violência patrimonial e acusa parlamentar de invadir casa

Adriana Bacelar de Vasconcelos Lima acusa o parlamentar de violência patrimonial; deputado diz que ele é a vítima

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 15/12/2023 às 10:23
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O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) foi acusado de violência patrimonial pela ex-mulher, Adriana Bacelar de Vasconcelos Lima. Ela afirma que o parlamentar invadiu uma casa que seria dela em um condomínio localizado em Muro Alto, no litoral Sul de Pernambuco.

A ex-esposa também solicitou medida protetiva contra Alberto Feitosa, como base uma denúncia apresentada por ela no dia 30 de novembro.

Segundo a defesa da vítima, o deputado teria invadido o condomínio no dia 22 de novembro, acompanhado de seguranças, fornecendo um nome fictício na portaria e informando que visitaria outra unidade habitacional.

A defesa dela relata que, "aproveitando-se de um defeito na fechadura de uma das portas, [Alberto Feitosa] invadiu-a e retirou os pertences da requerente de lá, o que restou registrado no livro de ocorrências do condomínio". A vítima não estava no local no momento do ocorrido.

A ex-mulher diz, ainda, que o deputado teria notificado o condomínio de que aquela seria sua residência oficial. O Condomínio Narguilé Beach Club teria solicitado ao parlamentar um documento que comprovasse a propriedade, mas o parlamentar não o teria entregue.

O imóvel em questão ficou pronto após a separação do casal, que ocorreu em 2015, e faz parte de um processo de partilha em disputa na Justiça.

"Ele tem posse de sete imóveis. Ele tem quatro apartamentos, alugados ou não, mas essa renda vai para ele, não para mim. Eu fiquei com a casa e tinha um apartamento anterior, onde eu morava e que comprei com um dinheiro de herança da minha família. [...] Ele nunca dormiu na casa, nunca. Então, hoje ele tem total posse de todos os bens que a gente tem", afirmou Adriana à TV Globo.

De acordo com Adriana, o deputado continua ocupando o imóvel até hoje. A defesa diz que ela está "temerosa em retornar para o seu imóvel".

Justiça expediu medida protetiva

No dia 1º de dezembro, a juíza Michelle Duque de Miranda, da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Recife, expediu a medida protetiva, determinando que Alberto Feitosa:

  • mantenha distância de 300 metros da ex-mulher, de seus familiares e das testemunhas;
  • fique proibido de fazer contato com a ex-mulher, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação, seja por telefone, carta, e-mail ou redes sociais;
  • fique proibido de frequentar a casa da ex-mulher e seu local de trabalho, "a fim de preservar-lhe a integridade física e psicológica"

No despacho, a juíza Michelle Duque de Miranda diz que "os transtornos pelos quais vem passando a ofendida, segundo seu relato, são por demais constrangedores, demonstrando, de forma iniludível, que a vítima está sendo privada de sua paz e vive em constante clima de aflição, restando clara a necessidade das medidas pleiteadas para resguardar a integridade física e psíquica da mulher".

A defesa de Adriana também pediu que a Justiça suspendesse o porte de arma de Feitosa — que é coronel da PM da reserva —, mas o pedido foi recusado. A magistrada, porém, deu prazo de 10 dias, a partir do despacho, para o parlamentar apresentar documentação de armas que possuir. A relação dos armamentos não foi apresentada.

O que diz o deputado

Em entrevista exclusiva ao blog de Jamildo, Alberto Feitosa afirmou que ele é a vítima de violência patrimonial por parte da ex-mulher.

"No caso do imóvel da praia, eu estou no Recife e encontro um corretor que me informa que ela iria vender a casa da praia. Vi até um vídeo de um corretor no imóvel, oferecendo a casa à venda. Como o apartamento que eu morava era alugado, com tudo, (devolvi) vou morar na praia (e impedir a venda). Adriana é um privilegiada", disse.

"Quem pode alegar que ela pratica violência patrimonial sou eu, uma vez que ela morava no parque da Jaqueira e vendeu de forma fraudulenta. O apartamento foi adquirido durante nossa união estável e não podia ser desmembrado do processo. Ela arrumou um comprador, mas não disse a ele do processo litigioso, vendeu de forma fraudulenta".

"Estou separado há oito anos. Não trato com ela nada pelo telefone. Nosso último contato ocorreu há cerca de um ano, na festa de aniversário de uma sobrinha, em que ela compareceu. Não passou de um oi".

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