Marielle Franco

Caso Marielle Franco: Ronnie Lessa pode indicar em delação que mandante tem foro privilegiado

Após Ronnie Lessa aceitar fazer um acordo de delação premiada, existe expectativa para que o executor cite quem mandou matar Marielle Franco. Jornal sugere que nome citado seja de uma pessoa com foro privilegiado

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Cynara Maíra

Publicado em 23/01/2024 às 10:24
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Após a revelação nesta segunda-feira (22) de que o ex-policial militar Ronnie Lessa concordou em assinar um acordo de delação premiada no final de 2023, a expectativa agora se volta para o conteúdo desse material, especialmente no que diz respeito ao mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Embora haja poucas informações disponíveis sobre a delação de Ronnie Lessa no caso Marielle Franco, o jornal O Globo apurou que o material está atualmente sob avaliação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que levanta a possibilidade de que o nome mencionado por Lessa como mandante possa ter foro de prerrogativa de função.

DELAÇÃO DE RONNIE LESSA SOBRE O CASO MARIELLE PODE REVELAR O MANDANTE DO ASSASSINATO

A pouco menos de dois meses do sexto aniversário do assassinato de Marielle Franco, no dia 14 de março, a delação de Ronnie Lessa é aguardada como um elemento crucial para a conclusão do caso.

Apesar de especulações de que a delação já esteja em curso, as autoridades ainda precisarão verificar as informações apresentadas por Ronnie Lessa por meio do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) da Polícia Federal (PF).

Anteriormente, a PF já havia obtido a delação de Élcio de Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro usado para emboscar Marielle Franco. Queiroz mencionou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, como um dos envolvidos na morte, e este possui foro privilegiado. Domingos Brazão já foi deputado estadual do Rio de Janeiro pelo MDB.

Embora já tenha sido investigado pela Polícia Federal, não foram encontradas provas que indicassem sua participação na morte de Marielle. Em declaração ao Globo, Brazão afirmou que, após as famílias de Marielle e Anderson, ele e sua família seriam os mais interessados em descobrir o mandante do crime para acabar com as especulações.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, estabeleceu até março de 2024 como prazo para a resolução do caso Marielle, após uma série de questões ligadas à comprovação de diligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro que atrasaram o desfecho da investigação. Uma análise sobre a apuração da Polícia Civil indicou uma tentativa de incriminar o miliciano Orlando da Curicica como executor do crime.

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