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71% das brasileiras considera difícil cuidar de casa, filhos e trabalho ao mesmo tempo

A maior queixa reside na agitada rotina, acompanhada da sensação de falta de valorização pela dedicação aos cuidados dos filhos

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Marcelo Aprígio

Publicado em 24/01/2024 às 8:20
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No cenário atual, enfrentar os desafios da maternidade enquanto equilibra trabalho, lar e filhos continua sendo considerado uma das tarefas mais árduas para as mulheres.

A maior queixa reside na agitada rotina, acompanhada da sensação de falta de valorização pela dedicação aos cuidados dos filhos.

Uma pesquisa conduzida pelo aplicativo Peanut, nos Estados Unidos e no Reino Unido, revela que o sentimento de desapreço é praticamente unânime entre as mulheres que já foram mães. Das 3.615 participantes, 95% afirmam sentir-se subvalorizadas e "invisíveis" na sociedade.

No Brasil, um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) sobre a "economia do cuidado" aponta que 65% do trabalho doméstico, incluindo o cuidado com filhos e idosos, é realizado por mulheres.

O tema gerou debates intensos, chegando a ser o foco da redação do Enem de 2023. Em sintonia com esse tópico, 71% das participantes do mais recente estudo da Famivita afirmaram considerar desafiador conciliar casa, filhos e trabalho nos dias de hoje.

A PESQUISA

A pesquisa da Famivita, conduzida com 2.500 participantes entre 11 e 25 de setembro de 2023, revelou que as respostas positivas predominam na faixa etária de 35 a 39 anos, com 77%, seguidas pelas mulheres de 25 a 29 anos, com 76%. Entre os homens, 66% também consideram desafiadora essa conciliação.

No recorte regional, 78% das mulheres no Norte, 75% no Nordeste, 68% no Centro-Oeste, 72% no Sul e 71% no Sudeste assinalaram a dificuldade de equilibrar casa, filhos e trabalho.

Quanto à busca por soluções, a pesquisa questionou quem poderia melhorar essa situação. Para 38% das participantes, essa responsabilidade recai sobre o governo, enquanto 25% apontam para a família, 19% para os empregadores, 13% para outros e 6% afirmam que ninguém deveria intervir.

No grupo que atribui a responsabilidade ao governo, 40% estão na faixa etária de 30 a 34 anos, enquanto 39% das mulheres consideram o governo responsável, em comparação com 28% dos homens.

Aquelas que apontam para a família como responsável majoritariamente têm entre 25 e 29 anos, representando 25% das respostas. Entre as que mencionam os "empregadores", 25% estão na faixa etária de 35 a 39 anos.

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