DISPUTA TERRITORIAL

Venezuela e Guiana se reúnem no Brasil para discutir Essequibo

Encontro será nesta quinta-feira no Palácio do Itamaraty

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Marcelo Aprígio

Publicado em 25/01/2024 às 8:07
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Nesta quinta-feira (25), o Palácio do Itamaraty será o local do segundo encontro entre representantes dos governos da Venezuela e da Guiana para abordar a crise relacionada ao território de Essequibo, disputado pelos dois países.

Os ministros das Relações Exteriores das duas nações realizarão uma nova rodada de diálogo sob a mediação do governo brasileiro, através do chanceler Mauro Vieira, e dos governos de São Vicente e Granadinas, que atualmente preside a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e de Dominica, que ocupa temporariamente a presidência do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom).

Nos últimos dois meses, esses três países têm desempenhado um papel crucial como principais interlocutores na busca por uma solução pacífica para a crise.

COMPROMISSO

Em dezembro de 2023, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram uma declaração conjunta comprometendo-se a não utilizar a força um contra o outro na disputa pelo território.

Essa declaração foi formalizada durante uma reunião na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, com mediação do primeiro-ministro Ralph Gonsalves. Na ocasião, o governo brasileiro foi representado pelo assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim.

No final do ano passado, a Venezuela realizou uma consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo, região disputada há mais de um século e que representa quase 75% do território da Guiana. O governo venezuelano também autorizou a exploração de recursos naturais na região e designou um governador militar para a área.

Desde então, as tensões entre os dois países aumentaram. O governo brasileiro reforçou as tropas militares em Roraima, estado que faz fronteira com ambos, e defendeu a resolução da controvérsia por meio de um diálogo mediado.

Vale destacar que o Brasil é o único país que faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, e um eventual conflito militar poderia representar uma ameaça para parte do território brasileiro em Roraima.

Com informações da Agência Brasil.

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