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"Abin paralela" monitorou caso Marielle Franco a mando de Alexandre Ramagem; indica PF

PF indica que setor paralelo da Abin monitorou o caso Marielle Franco à pedido de Alexandre Ramagem. Operação desta quinta está vinculado com o caso

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Cynara Maíra

Publicado em 26/01/2024 às 8:12 | Atualizado em 26/01/2024 às 8:24
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Em meio às apurações sobre as acusações de atividades de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que o setor paralelo da entidade estava monitorando a promotora encarregada do caso Marielle Franco.

A identificação dessas atividades clandestinas pela Abin paralela surgiu após a detecção de um formato que deixava rastros no sistema, evidenciando espionagens não autorizadas.

CASO MARIELLE FOI MONITORADO PELA ÁREA PARALELA DA ABIN A PEDIDO DE RAMAGEM

De acordo com a coluna de Letícia Casado no Uol, as investigações conduzidas pela CGU revelaram que os documentos impressos relativos a esses monitoramentos paralelos geraram registros no sistema, permitindo a revelação de seu conteúdo.

Seguindo essa lógica, os investigadores encontraram nos documentos da chamada "Abin paralela" o currículo da promotora do caso Marielle Franco, desprovido da logomarca da agência e sem qualquer vínculo com os alvos anteriormente apresentados.

Ao identificar que o documento foi impresso dentro da agência, a análise descobriu que os materiais relacionados ao caso Marielle Franco foram solicitados a membros específicos da Polícia Federal pelo então diretor da Abin, o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

 

A operação desta semana no apartamento de Ramagem em Brasília e em seu gabinete na Câmara dos Deputados, além da suspensão de policiais envolvidos, está aparentemente vinculada a essa descoberta em relação ao caso Marielle.

Segundo O Globo, durante as ações de busca e apreensão nesses locais, a PF apreendeu seis celulares e quatro notebooks. Entre eles, um notebook e um celular sob posse de Ramagem pertenciam à Abin.

Também foram confiscados 20 pen drives vinculados à entidade na residência do parlamentar, juntamente com documentos relacionados aos dados da Abin. O deputado deixou a agência há mais de um ano.

PF investiga possível monitoramento ilegal de autoridades pela ABIN

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