O Ministério Público do Distrito Federal deu início a um inquérito para apurar as acusações dirigidas ao deputado federal André Janones (Avante-MG) em relação a um possível esquema de rachadinha em seu gabinete na Câmara dos Deputados.
O desencadeamento da situação ocorreu após a divulgação de um áudio, no qual Janones supostamente indicava que os salários de seus colaboradores seriam aumentados naquele mês, possibilitando-lhe utilizar o excedente para cobrir despesas relacionadas à sua campanha eleitoral em 2016.
MPF ABRE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR SUPOSTA RACHADINHA NO GABINETE DE JANONES
O deputado federal cassado Deltan Dallagnol apresentou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2023, sustentando que o áudio vazado de Janones constituía evidência suficiente para a investigação por improbidade administrativa.
Os crimes de improbidade administrativa alegados no documento de Deltan incluíam "enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou violação aos princípios da Administração Pública."
Após avaliação da representação, o procurador Daniel Cesar Azeredo Avelino assinou a abertura do inquérito para investigar o possível caso de rachadinha no gabinete de Janones.
Além da investigação do MPF, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou uma análise das suspeitas de rachadinha, enquanto o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados também instaurou um processo para apurar a possível prática dentro do gabinete do deputado.
RACHADINHA: ÁUDIO traz JANONES cobrando parte do SALÁRIO de funcionários para cobrir despesas PESSOAIS
ACUSAÇÃO DE RACHADINHA NO GABINETE DE ANDRÉ JANONES: ENTENDA CASO
O áudio divulgado pelo portal Metrópoles, supostamente gravado por um ex-assessor de Janones, mostra o deputado indicando aos seus funcionários que alguns receberiam salários maiores no mês, sendo o excedente destinado pelo parlamentar para cobrir despesas relacionadas à sua campanha eleitoral de 2016 para a prefeitura de Ituiutaba (MG).
Em resposta à repercussão do caso, Janones anunciou em suas redes sociais que todos os seus funcionários e ex-assessores envolvidos na denúncia "abriram mão de seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos" para demonstrar que nunca participou ou presenciou práticas de rachadinha em seu gabinete.
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