O presidente Lula (PT) se pronunciou nesta quinta-feira (08) sobre o possível envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma tentativa de golpe de Estado.
A declaração ocorre horas depois que a Polícia Federal iniciou ações da Operação Tempus Veritatis que realizou mandados de busca e apreensão contra Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Lula apresentou uma tentativa de golpe depois das eleições 2022 como um "dado concreto" e afirmou que, sem Bolsonaro, nenhuma mobilização teria ocorrido.
LULA AFIRMA ACREDITAR NO ENVOLVIMENTO DE BOLSONARO EM SUPOSTO GOLPE
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Lula expressou sua opinião sobre a suposta tentativa de golpe depois das eleições de 2022. A declaração ocorreu horas depois do início das buscas na residência de Bolsonaro e de seus aliados. A operação da PF prendeu quatro pessoas vinculadas com Jair Bolsonaro.
Lula adotou uma postura cautelosa ao afirmar que não cabe ao presidente da República "dar palpite" sobre uma ação da Polícia Federal, que demanda sigilo, mas destacou que "acha que tem muita gente que vai ser investigada".
Questionado sobre o envolvimento de Bolsonaro, Lula evitou fazer afirmações categóricas, mas expressou a sua convicção de que o presidente está envolvido no suposto plano de golpe, ressaltando que "não teria acontecido sem ele" e que "o comportamento dele foi muito diferente".
Além disso, Lula provocou Bolsonaro ao recordar momentos da transição de poder, sugerindo que o presidente não estava preparado para ganhar, perder ou sair do cargo. Luiz Inácio também criticou a sua conduta ao afirmar que "não teve nem coragem de me passar a faixa, ficou chorando e foi embora para os EUA".
A postura de Lula em relação às investigações contra Bolsonaro reflete a sua defesa da presunção de inocência do ex-presidente, na qual opina não ter recebido essa mesma prerrogativa quando foi alvo da operação Lava Jato.
As declarações de Lula surgem em meio à intensificação das investigações da Polícia Federal, que realizou mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e de outros aliados, resultando na prisão de dois ex-assessores e dois militares que exerceram funções relacionadas ao ex-presidente. A PF também deu um prazo de 24 horas para Bolsonaro entregar seu passaporte.
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