Após as declarações do presidente Lula (PT) comparando as mortes em Gaza provocadas por Israel ao Holocausto, o tema gerou repercussões negativas tanto para a gestão lulista quanto para as relações exteriores do Brasil.
Diante da controvérsia, o governo acionou a Secretaria de Comunicação para lidar com a situação. Sob a direção de Paulo Pimenta, a pasta saiu em defesa de Lula, destacando que o presidente também condenou as ações do Hamas durante o conflito no Oriente Médio.
Depois que o presidente Lula (PT) realizou uma fala em que compara as mortes causadas por Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, o tema impacta negativamente a gestão lulista e as relações exteriores do Brasil.
APÓS REPERCUSSÃO DA FALA DE LULA, COMUNICAÇÃO DO GOVERNO SE MOBILIZA
Em comunicado emitido pela Secom, o órgão enfatiza que o presidente Lula "sempre condenou os atos terroristas do Hamas" e se posicionou "diversas vezes" contra os ataques do grupo palestino. No entanto, ressalta que ele é contrário a uma resposta desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
O ministro Paulo Pimenta, chefe da Secretaria de Comunicação, também defendeu as declarações de Lula, afirmando que "a comunidade internacional não pode permanecer em silêncio diante do massacre de um povo que não deve ser exterminado pelos crimes cometidos por um grupo que merece punição pelo que fez".
O comunicado de Pimenta adota um tom de defesa contra as narrativas de que o presidente Lula estaria apoiando o Hamas, enfatizando que "nossa solidariedade está com a população civil de Gaza, que está sofrendo por atos que não cometeu".
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A intenção é distanciar a ideia de que Lula está alinhado com o grupo palestino, enfatizando que ele defende a causa humanitária.
O episódio ocorreu após Lula comparar o tratamento de Israel aos palestinos ao Holocausto, que resultou na morte de milhares de judeus em todo o mundo. As declarações provocaram indignação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Lula "ultrapassou uma linha vermelha".
Hoje, segunda-feira, dia 19, Benjamin Netanyahu comunicou ao embaixador de Israel no Brasil que Lula seria considerado persona non grata em Israel até que ele retirasse suas declarações sobre a atuação do país na Faixa de Gaza.