Militar é chamado de "traidor" por aliados de Bolsonaro ao entregar informações para PF
General Marco Antônio Freire Gomes tem sido atacado por militares e aliados de Bolsonaro suspeitos de envolvimento em roteiro do golpe. Ex-comandante do Exército depôs à PF por sete horas
Depois de um depoimento de sete horas à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, enfrenta tentativas de descredibilização por parte de diversos investigados ligados à suposta tentativa de golpe.
Segundo informações do Blog de Andréia Sadi, no G1, Gomes forneceu uma série de informações sobre um suposto plano de golpe que teria sido discutido durante o fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Os suspeitos de envolvimento na tentativa temem que Gomes tenha revelado detalhes cruciais sobre a alegada minuta do golpe e sua relação com o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro.
FREIRE GOMES PODE TER DETALHADO ROTEIRO DO GOLPE
Investigadores da Polícia Federal, em conversa com Sadi, consideram que o ex-comandante do Exército teria desempenhado um papel crucial para evitar a suposta tentativa de golpe.
Isso levou a uma reação de diversos militares e apoiadores de Bolsonaro, que passaram a planejar formas de desacreditar Gomes por ser considerado um "traidor" do movimento.
Um vídeo que circula entre militares, inclusive antes do depoimento do ex-comandante, o acusa de ser um "general que traiu Bolsonaro" e sugere que ele "pode se complicar".
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Há planos de culpar Gomes por não ter agido para esvaziar os acampamentos bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições.
A PF acredita que as informações fornecidas por Gomes, aliadas às da delação de Mauro Cid, poderão preencher as lacunas restantes sobre a suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.
