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MPPE discute problemas nos hospitais estaduais localizados no Recife

Estiveram na pauta os hospitais da Restauração, Barão de Lucena, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Agamenon Magalhães

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 06/03/2024 às 9:14 | Atualizado em 06/03/2024 às 9:15
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Em audiência pública realizada na última segunda-feira (4), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ouviu denúncias, coletou informações sobre problemas ocorridos nos grandes hospitais estaduais localizados no Recife.

Foram tratados temas como falta de insumos e medicamentos, fila de espera por cirurgias, superlotação, número e complexidade adequados de leitos de retaguarda, além de problemas na estrutura física.

As unidades em questão foram os hospitais da Restauração, Barão de Lucena, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Agamenon Magalhães.

Foram ouvidas as Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Estadual de Administração e entidades de saúde, assim como de representantes da Rede SUS-PE e sociedade civil.

Problemas nos hospitais púlicos

Durante a audiência, conduzida pelas Promotoras de Justiça Eleonora Marise Rodrigues e Helena Capela , ocorreram queixas de usuários do sistema, assim como explicações da Secretária Estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, depoimentos de diretores dos hospitais sobre o dia a dia administrativo das unidades e descrições do cenário difícil de trabalho vindo de entidades de classe e sindicatos de trabalhadores ligados à saúde.

Após os relatos, as Promotoras de Justiça marcaram uma nova audiência para o 11 de junho próximo, ocasião em que a Secretaria deve informar sobre o início das execução das obras de ampliação e reforma dos hospitais, assim como sobre a abertura de novos leitos de retaguarda em neurologia, cardiologia, urologia e vascular.

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Até a realização do novo encontro, as promotoras analisarão os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde e os apresentados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) e ainda realizarão inspeções nos cinco hospitais que foram tema da audiência.

“Trata-se de uma situação séria e complexa, mas esperamos que, com as discussões da audiência e os encaminhamentos formulados, possamos avançar em ações e medidas que tragam melhorias, mantendo o diálogo com o poder público e tentando evitar a judicialização”, comentou Eleonora Rodrigues.

“Esperamos que, na próxima audiência, o panorama tenha melhorado, tendo em vista as ações informadas pela SES e aguardamos, sobretudo, a resposta positiva do Estado sobre o início das obras nos cinco hospitais e a a abertura de novos leitos para que a assistência à saúde para a população seja prestada de maneira adequada”, afirmou Helena Capela.

O que diz o Governo do Estado

Segundo Zilda Cavalcanti, o Governo do Estado possui R$ 600 milhões para investir nas reformas dos hospitais e algumas obras já estão em andamento. Ela também frisou que a centralização das licitações de medicamentos e insumos, agora feitas pela Secretaria de Administração, deve-se à necessidade de organizar e economizar nos valores, já que a compra em grandes quantidades tem como consequência um melhor preço e menor gasto público. “Temos problemas históricos na saúde pública. Hospitais com décadas sem manutenção, mas é compromisso do Governo do Estado dar melhores condições de atendimento à população”, disse ela.

Além da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, da Secretaria de Administração de Pernambuco e dos diretores dos hospitais, participaram o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE), Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN), Conselho Estadual de Saúde (CES), Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE) e Defensoria Pública do Estado de Pernambuco.

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