Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial e irmã da vereadora Marielle Franco, reagiu com emoção à prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
A Polícia Federal, em uma operação conduzida por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), prendeu preventivamente três indivíduos suspeitos de orquestrar o crime que chocou o Brasil e o mundo.
Anielle compartilhou sua gratidão e esperança nas redes sociais, escrevendo no X (antigo Twitter).
Entre os presos estão o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
Esses indivíduos são suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson Gomes, ocorridos em 2018, no Rio de Janeiro.
Delação de Ronnie Lessa
Investigadores conseguiram, a partir da delação de Ronnie Lessa, confirmar outros indícios que já existiam no inquérito e fechar as chamadas “pontas soltas”.
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O ex-policial militar e acusado de ser o executor do assassinato de Marielle e Anderson, trouxe à tona informações vitais para o desenrolar das investigações.
A motivação exata para o assassinato ainda é desconhecida, mas as investigações apontam que haveria relação com a expansão territorial da milícia na capital fluminense.
Nota da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) divulgou uma nota oficial sobre a operação deflagrada na manhã deste domingo (24) que prendeu os suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco.
"A Polícia Federal deflagrou neste domingo (24/3) a Operação Murder Inc., no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio de Janeiro/RJ.
A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação.
Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça".