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Petrobras anuncia descoberta de petróleo em águas ultraprofundas entre o Ceará e Rio Grande do Norte

A acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 10/04/2024 às 7:16
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A Petrobras anunciou que encontrou uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas do poço exploratório Anhangá, na Bacia Potiguar, região próxima à divisa entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial brasileira.

A acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros e em um ponto localizado a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.

Esta foi a segunda vez que a estatal fez uma descoberta na Bacia Potiguar em 2024. A companhia já havia confirmado a presença de petróleo no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km de Anhangá

"Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação", registra nota divulgada pela companhia

No Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras, a empresa previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.

Essa região se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. 

Riscos ambientais

A exploração de petróleo na Margem Equatorial desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Os poços Anhangá e Pitu Oeste, no entanto, estão distante da foz do Rio Amazonas, considerada a localidade mais sensível.

Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. Ele está situado na bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras apresentou um novo pedido, ainda sem resposta.

"As atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética", diz o anúncio da companhia.

Com informações da Agência Brasil

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