Polícia do RJ investiga influenciadores por divulgarem sorteios falsos
Cinco pessoas são alvos da Operação Sorte Grande no Rio de Janeiro por divulgarem sorteios de bens que nunca eram entregues
Nesta quarta-feira (17), a Polícia Cívil do Rio de Janeiro cumpre sete mandados de busca e apreensão. A investigação, chamada de Operação Sorte Grande, é contra influenciadores suspeitos de um esquema de falsas rifas que movimentou mais de R$ 15 milhões.
De acordo com as autoridades, cinco influenciadores digitais, pessoas de grande autoridade nas redes sociais, estão sendo investigados por divulgarem sorteios de bens que nunca eram entregues.
As rifas incluíam sorteios de prêmios em dinheiro, lotes de telefones celulares, veículos de luxo e mansões, segundo apuração do G1.
Agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) suspeitam que os concursos seriam extraídos sem qualquer auditoria. Os golpistas chegavam a simular a entrega dos bens para comparsas e publicavam os vídeos em seguida em seus perfis.
Em 2023, ano passado, aconteceu um sorteio com um carro e uma moto como prêmios, em que cada bilhete custava R$ 0,35. Os participantes precisavam escolher números de 0 a 9.999.999, ou seja, 10 milhões de combinações possíveis.
SORTE GRANDE
Os alvos da Operação Sorte Grande são: Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico, com 15 milhões de seguidores; Samuel Bastos de Almeida, o Almeida do Grau, com 450 mil seguidores; e Nathanael Cauã Almeida de Souza, o Mc Chefin, com 13,5 milhões de seguidores.
Os mandados estão sendo cumpridos nas residências dos investigados, em bairros nobres do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e em Magé, na Baixada Fluminense.
Em suas redes sociais, Mc Chefin falou sobre a operação e confirmou o mandado de busca em sua casa. "Os caras vieram aqui em casa, tratou (sic) na moral. Nada para falar dos caras", afirmou.
Os investigados respondem pelos crimes de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa.