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Pobreza cai para menor índice registrado desde 2012, indica IBGE

Taxas tiveram queda em 25 estados e Distrito Federal. Em números absolutos, mais de 8,5 milhões de indivíduos saíram da pobreza em 2023

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Marcelo Aprígio

Publicado em 25/04/2024 às 9:34 | Atualizado em 25/04/2024 às 9:36
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Em 2023, a taxa de pobreza no Brasil diminuiu para 27,5%, marcando o menor nível registrado desde 2012, quando teve início a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comparado a 2022, quando a taxa de pobreza estava em 31,6%, houve uma redução significativa de 4,2 pontos percentuais.

Em termos absolutos, mais de 8,5 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza em 2023. Essa queda foi observada em 26 das 27 unidades federativas.

O estado do Amapá lidera essa tendência, com a maior redução na taxa de pobreza (-14,8 pontos percentuais), caindo de 47,8% em 2022 para 33% em 2023. Em seguida, destacam-se os estados de Roraima (-9,5 pontos percentuais) e Amazonas (-9,3 pontos percentuais).

“Nós vamos continuar na missão de diminuir cada vez mais a pobreza e combater a fome no Brasil. Em um ano, já conseguimos ver mudanças importantes na vida das famílias, e seguimos trabalhando para melhorar ainda mais a qualidade de vida da nossa população”, reforçou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

A ANÁLISE

A análise do cenário foi conduzida pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), entidade vinculada ao governo do Espírito Santo, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados na última sexta-feira (19).

O estudo do IBGE, que investiga dados sobre os rendimentos recebidos pela população, incluindo trabalho, pensões, aposentadorias e outros, conclui que o Programa Bolsa Família desempenha um papel na redução das desigualdades socioeconômicas no Brasil.

Pablo Lira, diretor-presidente do IJSN, também atribui a queda da pobreza a políticas públicas de assistência social, bem como a medidas para melhorar o ambiente econômico, estimular a geração de empregos e ampliar a renda.

“Esse resultado evidencia o desenvolvimento de um trabalho conjunto, de integração dos esforços com o Governo Federal”, afirma.

Com a melhoria do mercado de trabalho e um maior alcance dos programas sociais, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita atingiu R$ 398,3 bilhões, outro recorde assinalado pela Pnad Contínua.

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