Metade dos brasileiros diz que país está na direção errada, mostra Quaest
A pesquisa ouviu 2.045 pessoas e foi realizada entre os dias 2 e 6 de maio, captando assim a ação federal sobre a tragédia do Rio de Grande do Sul
Pela primeira vez, quase metade dos brasileiros considera que o país, sob o governo Lula (PT), está indo na direção errada.
Ao todo, 49% dos entrevistados pela Genial/Quaest discordam dos rumos adotados pelo governo federal, uma alta de seis pontos percentuais em relação a dezembro.
De outro lado, 41% dizem que a direção está correta, com recuo de quatro pontos. Outros 10% não souberam opinar ou não responderam.
Para os entrevistados, os principais problemas do Brasil atualmente são economia (23%), saúde (19%), violência (17%), questões sociais (14%), corrupção (9%) e educação (8%).
A pesquisa ouviu 2.045 pessoas e foi realizada entre os dias 2 e 6 de maio, captando assim a ação federal sobre a tragédia do Rio de Grande do Sul. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
LULA ENTRE INTENÇÃO E AÇÃO
Apesar de discordar dos rumos do país, a maior parte dos brasileiros acredita que o presidente Lula é bem intencionado.
Para 51% dos entrevistados pela Quaest o petista tem boas intenções, ante 42% que afirmam que ele é mal intencionado.
Questionadas sobre as promessas de campanha de Lula, 63% das pessoas ouvidas no levantamento afrimam que o presidente não tem conseguido cumprir o que prometeu. Outros 32% acreditam que ele tem tirados as promessas do papel.
O humor do eleitor pode estar sendo influenciado pelas notícias que recebe, conforme aponta a pesquisa.
Isso porque o instituto pediu exemplos de notícias positivas e negativas sobre o governo Lula.
No primeiro caso, o Bolsa Família de R$ 600 com R$ 150 adicionais por cada criança (7%), a ajuda ao Rio Grande do Sul que sofre com as chuvas (4%) e a melhora na economia (4%) foram os mais citados.
Já entre as principais menções negativas estão a avaliação que o governo Lula não faz o que promete ou é corrupto (9%), a postura negativa do presidente (8%) e o aumento dos preços e da inflação (6%).