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Ailton Krenak recebe homenagem da França por defesa aos povos originários

Ailton Krenak ganhou uma homenagem nesta semana da embaixada francesa

Cadastrado por

Cynara Maíra

Publicado em 14/05/2024 às 7:38
Líder indígena, Ailton Krenak recebeu homenagem da embaixada francesa por trabalho de luta pelos povos originários - Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

O ativista socioambiental e defensor dos direitos dos povos indígenas, Ailton Krenak, recebeu nesta segunda-feira (13) a insígnia de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra da Embaixada da França.

A homenagem é um reconhecimento do governo francês pelo trabalho de Krenak na defesa dos povos originários.

Segundo a Embaixada da França, a condecoração reforça o compromisso do país com a defesa dos povos originários e do meio ambiente, temas prioritários na cooperação entre França e Brasil.

Ao ser homenageado, Ailton Krenak fez referência ao lema da bandeira francesa (liberdade, igualdade e fraternidade), destacando a importância de reconhecer as diferenças e a diversidade de vidas no planeta.

Ele sugeriu que, em vez de marchas humanas, as pessoas deveriam participar de uma "dança cósmica" que integra ciência, conhecimento e cultura, enfatizando a necessidade de dançar em vez de "sapatear no planeta".

O embaixador Emmanuel Lenain destacou a importância de Krenak também na literatura, afirmando que ele não é apenas um grande representante indígena, mas também um intelectual cujas obras artísticas e literárias são muito admiradas.

QUEM É AILTON KRENAK

Ailton Krenak é um dos fundadores da Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia, e contribuiu para a criação da União das Nações Indígenas (UNI). Ele teve papel fundamental na conquista dos direitos indígenas na Constituinte de 1988.

Krenak expressou sua alegria pelo reconhecimento da República Francesa à sua contribuição através de sua presença, obra, fala, escrita e cidadania, dizendo que seu coração ficou profundamente tocado.

Krenak é filósofo, professor, escritor e poeta, sendo o primeiro indígena eleito para a Academia Brasileira de Letras. Seu livro "Ideias para adiar o fim do mundo" foi traduzido para o francês em 2020.

 

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