chuvas no RS

Vítimas de Brumadinho irão repassar R$ 2,2 mi de reserva para o RS

Vítimas de Brumadinho autorizam repasse de mais de R$ 2 milhões para o Rio Grande do Sul para auxiliar estado em calamidade pública

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Cynara Maíra

Publicado em 14/05/2024 às 7:09
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Parte dos recursos pagos pela mineradora Vale como indenização por dano moral coletivo decorrente da tragédia em Brumadinho será direcionada ao Rio Grande do Sul.

As vítimas do rompimento da barragem, ocorrido em janeiro de 2019, aprovaram o auxílio ao estado, que enfrenta inundações severas causadas por chuvas intensas. Foram confirmadas 147 mortes nas cidades gaúchas.

Serão destinados R$ 2,2 milhões ao todo. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (13) nas redes sociais da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão (Avabrum).

Desse montante, R$ 2 milhões serão repartidos entre o governo do Rio Grande do Sul e o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, administrado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Os R$ 200 mil restantes serão doados para a Associação dos Familiares e Sobreviventes da Boate Kiss em Santa Maria (AVSTM), que também está arrecadando fundos para ajudar as vítimas do desastre climático.

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FUNDO PARA VÍTIMAS DE BRUMADINHO

Os recursos vêm de um fundo criado a partir de um acordo para indenizar os parentes dos trabalhadores mortos na tragédia de Brumadinho, que resultou na perda de 272 vidas, incluindo os bebês de duas mulheres grávidas.

A maioria das vítimas eram empregados da Vale ou de empresas prestadoras de serviço à mineradora.

O acordo que estabeleceu o fundo também definiu os valores das indenizações individuais para os pais, cônjuges, companheiros e filhos das vítimas, encerrando uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) após a tragédia.

A Vale destinou R$ 400 milhões para o fundo. A movimentação dos recursos depende da aprovação de um conselho gestor, composto por representantes da Avabrum, do MPT, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) e da Defensoria Pública da União.

Grande parte dos recursos foi destinada a projetos nas áreas de saúde e segurança alimentar. Hospitais, casas de saúde e instituições de pesquisa foram beneficiados com reformas, financiamento de estudos, ampliação de leitos e aquisição de equipamentos.

Montantes também foram liberados para ações de qualificação de trabalhadores e geração de emprego e renda, proteção de indígenas, idosos e crianças, educação e preservação da memória.

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