Cachaça pernambucana Sanhaçu recebe título de melhor do Brasil
Bebida produzida em Chã Grande disputou título com 50 cachaças de 9 estados brasileiros
A cachaça Sanhaçu Soleira, produzida no Engenho Sanhaçu, na zona rural de Chã Grande, no Agreste pernambucano, conquistou o título de melhor cachaça do Brasil na sexta edição do Ranking da Cúpula da Cachaça, grupo organizador do maior concurso relacionado à bebida do país. A premiação aconteceu na última sexta-feira (10).
A bebida pernambucana disputou o título do pódio geral com outros cinquenta rótulos de nove estados brasileiros em um concurso que teve três fases.
A primeira etapa foi definida por meio de voto popular. Na segunda fase, foram selecionados 50 rótulos e, na etapa final, houve a degustação às cegas de 20 especialistas, onde foi escolhida a vencedora.
A Sanhaçu Soleira tem somente sete meses de mercado e é comercializada em garrafas de 500 ml, possuindo método de envelhecimento do tipo "soleira", muito usado na fabricação de vinhos, passando por 29 barris, sendo o último deles virgem.
Outros rótulos da Sanhaçu também figuraram no ranking: a Cachaça Origem ficou em segundo lugar na categoria "Cachaça Branca", e a Cachaça Freijó alcançou a 21ª posição na categoria "Armazenada e Envelhecida".
Cachaças Sanhaçu
Atualmente, a Sanhaçu conta com 11 produções próprias, cinco de linha, três edições especiais, três edições limitadas e mais duas edições colaborativas. A marca tem 17 anos de mercado e está presente em todo o Brasil, além de exportar para a Suíça e Estados Unidos.
A família Barreto Silva, à frente da Sanhaçu, soma 47 premiações nacionais e internacionais. O engenho foi o primeiro do Brasil a ser movido a energia solar e, além da cachaça, também produz rapadura e mel de engenho.
O Engenho Sanhaçu é também pioneiro por fabricar a primeira cachaça orgânica de Pernambuco, além de ter o título da produção da primeira cachaça do Brasil com Selo de Envelhecimento Sustentável (SES).
Elk Barreto, uma das responsáveis pela gestão da Sanhaçu, ao lado dos irmãos Oto e Max Barreto, diz que chegou a questionar o investimento feito pela família no negócio, mas que todos resolveram perseverar.
"Todas as premiações que recebemos até hoje foram muito comemoradas, nos deixaram felizes demais, mas essa tem um sabor especial. Não é mais um prêmio, esse é tipo o Oscar da Cachaça. Hoje é a premiação mais almejada no Brasil. É o maior, mais abrangente e mais democrático concurso de cachaça que existe no mercado”, declarou Elk.