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Julian Assange é autorizado a pedir recurso contra extradição para os EUA

Atualmente em Londres, ativista e jornalista pode receber pena de 175 anos de prisão caso julgamento vá para os Estados Unidos

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Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 20/05/2024 às 11:06
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A defesa do ativista e jornalista Julian Assange ganhou do Tribunal Superior de Justiça de Londres autorização para apresentar recurso contra o pedido de extradição para os Estados Unidos. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (20).

Julian Assange é acusado de revelar mais de 700 mil documentos norte-americanos no escândalo chamado WikiLeaks. Caso seja extraditado para os EUA, poderá ser condenado a 175 anos de prisão.

A decisão foi considerada uma vitória para os advogados de Assange, que deverão apresentar recurso assim que possível para pedir que o julgamento seja realizado no Reino Unido.

Semanas atrás, vale lembrar, juízes britânicos pediram mais informações ao governo norte-americano sobre o caso.

A possibilidade de manter o julgamento em terras britânicas é a última chance de evitar a extradição do ativista.

Lula defendeu Assange

No último domingo (19), o presidente Lula escreveu em uma rede social que Assange deveria "ter ganhado o Prêmio Pulitzer" por revelar os documentos norte-americanos.

"Ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão. Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível", completou Lula.

Quem é Julian Assange

DIVULGAÇÃO
Jornalista e ativista Julian Assange - DIVULGAÇÃO

O ativista e jornalista Julian Assange vazou 700 mil documentos confidenciais naquele que foi considerado o maior vazamento de informações da história dos Estados Unidos.

As páginas mostravam ações norte-americanas principalmente no Afeganistão e no Iraque. Um dos materiais era um vídeo que exibia soldados norte-americanos em um helicóptero executando 18 civis no Iraque.

Também há materiais que mostram assassinatos de civis, entre eles jornalistas, e abusos cometidos por autoridades dos EUA e outros países.

Os Estados Unidos afirmam que o vazamento coloca em risco a vida dos militares envolvidos nos materiais vazados.

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