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William Waack e irmã de Ayrton Senna quase foram ministros de Bolsonaro, diz Joice Hasselmann; entenda

Ex-aliada de Bolsonaro diz que jornalista topou ser ministro das Relações Exteriores, mas filhos do ex-presidente barraram indicação

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 23/05/2024 às 11:02
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A ex-deputada federal Joice Hasselmann afirmou que o jornalista da CNN Brasil e ex-Globo, William Waack, e a irmã do piloto Ayrton Senna, Viviane Senna, foram convidados para serem ministros do governo Jair Bolsonaro, mas que a efetivação nunca aconteceu. A declaração foi dada na última quarta-feira (22) em entrevista ao podcast de Antônio Tabet, no UOL.

Segundo Joice, o jornalista assumiria a pasta de Relações Exteriores, enquanto a filantropa comandaria o ministério da Educação, por indicação da própria ex-parlamentar, que tinha forte ligação com o então presidente eleito. As nomeações, contudo, não aconteceram por divergências com os filhos de Bolsonaro.

"Eu não me misturava com aqueles patetas [os filhos de Bolsonaro]. O Carlos eu vi uma vez na vida, quando eu fui na casa do Bolsonaro no Rio de Janeiro levar Viviane Senna, que era minha indicada para ser ministra da Educação. O que eles [os filhos] fizeram? Atravessaram aquele idiota do Vélez", disse Joice, se referindo a Ricardo Vélez, que assumiu a Educação no início da gestão passada. "Olha o que a gente perdeu", completa a ex-aliada dos Bolsonaro.

"Teve outro caso do William Waack. Convidei ele para ser o MRE, Relações Exteriores. Ele topou. Quando ele tava se organizando para ir para Brasília, eles [os filhos de Bolsonaro] atravessaram aquele imbecil do Ernesto Araújo", contou Joice, citando o ministro que acabou assumindo a pasta.

A ex-deputada seguiu a entrevista falando sobre a relação dos filhos de Bolsonaro na tomada de decisão no governo do pai. Ela diz que os filhos influenciavam o governo do então presidente.

"Essa coisa que os filhos tinham ali me apavorava. Isso [a influência dos filhos] vinha no momento em que ele [Bolsonaro] se sentia muito pequenininho, que foi até meados do primeiro ano. Depois que ele se sentiu maior que a cadeira, os filhos começaram a ter menos influência dentro do governo, apesar de que aquela coisa do gabinete do ódio se manteve o tempo todo, mas eram os filhos que cuidavam e alguns funcionários comissionados. No início, na formação do ministério, teve muita influência dos filhos", acrescentou Joice Hasselmann.

Em seguida, ela conta que também tentou articular o nome de Mozart Neves para o ministério da Educação, tendo Viviane Senna como conselheira.

"Como eles tinham raiva de mim, ciúme, eu vivia tretando com o Eduardo, vivia saindo na imprensa, as indicações que eu fiz, que eram as melhores do governo, eles atravessaram só porque eu indiquei. Imagina o Mozart ministro da Educação tendo como conselheira Viviane Senna, pelo amor de Deus. Um MRE William Waack, não aquela besta do Ernesto, que só fez a gente passar vergonha. Mas os filhos tudo que eu ia trabalhar eles tosavam", relatou.

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