caso Marielle

Ronnie Lessa diz que matou Marielle para assumir chefia de milícia no Rio

Delação de Ronnie Lessa foi divulgada com exclusividade pelo Fantástico.

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Cynara Maíra

Publicado em 27/05/2024 às 8:51 | Atualizado em 27/05/2024 às 9:03
Notícia

A delação de Ronnie Lessa, um dos assassinos da vereadora Marielle Franco, foi a principal responsável pela movimentação do caso Marielle neste ano.

Foi a partir da colaboração de Lessa que o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, foram presos pela Polícia. 

No domingo (26), o Fantástico divulgou com exclusividade o vídeo da delação de Ronnie Lessa sobre o caso. 

NEGOCIAÇÃO PELA MORTE DE MARIELLE FRANCO

No material, Lessa confirma pela primeira o crime contra a vereadora do RJ e aponta os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. 

Segundo aponta o matador durante duas horas de vídeo, Lessa aceitou matar Marielle Franco em troca de se tornar o mais novo chefe de milícia do RJ. Ronnie aponta que acreditava que a proposta seria a chance de sua vida. 

Em vídeo, o homem afirma que Domingos Brazão e Chiquinho Brazão ofereceram um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio de Janeiro para Lessa e seu comparsa, o Macalé, o ex-PM Edimilson de Oliveira. 

Com a disponibilidade do terreno, o plano era de que Lessa seria um dos donos do empreendimento, estabelecendo uma nova área de milícia na cidade. 

"Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade". 

A Polícia Federal apontou que não conseguiu reunir informações concretas que confirmasse as áreas de loteamento que Ronnie Lessa afirma terem sido prometidos. 

O matador cita que se se encontrou com os Brazão três vezes, que viam Marielle como um impasse para o esquema de loteamento da área.

A PF também não conseguiu comprovar as reuniões e afirma que não conseguiu cruzar os dados com os celulares dos envolvidos por falta de registros de operadoras antes de 2018. 

A defesa de Domingos Brazão declara que não existem provas para sustentar as informações trazidas por Lessa.

Os advogados de Chiquinho Brazão apontam que a delação do matador "é uma desesperada criação mental na busca por benefícios, e que são muitas as contradições, fragilidades e inverdades. 

VEJA TAMBÉM: CASO MARIELLE FRANCO: Comissão da Câmara dos Deputados analisa prisão de Chiquinho Brazão

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