Diminui o número de pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul
Durante a transição de sexta-feira, 31 de maio, para o sábado (1º), mais de mil indivíduos saíram dos abrigos
Após o nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, ficar abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês nesse sábado, 1º de junho, a quantidade de pessoas em abrigos também reduziu.
Durante a transição de sexta-feira, 31 de maio, para este sábado, mais de mil indivíduos saíram dos abrigos.
De acordo com os registros da Defesa Civil, divulgados no sábado pela manhã, o total de pessoas em abrigos é de 37.812, em comparação às 39.595 registradas na sexta-feira.
FORÇAS ARMADAS
As operações de resgate das Forças Armadas no Rio Grande do Sul, realizadas por vias aérea, fluvial e terrestre, contabilizam mais de 71 mil pessoas resgatadas e 10.500 animais.
Dados atualizados neste sábado, 1º de junho, indicam a participação de mais de 28 mil militares, policiais e agentes, com o uso de mais de 2.400 viaturas, 160 equipamentos de engenharia, 48 aeronaves, 103 embarcações e 13 navios multitarefas. Além disso, os militares limparam 38 escolas e sete unidades de saúde. Os 12 hospitais de campanha militares continuam em funcionamento.
COMUNIDADES INDÍGENAS
O Governo Federal está prestando auxílio às comunidades indígenas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, por meio de uma ação coordenada pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
Até agora, 13 missões com equipes de voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS) foram deslocadas para as comunidades atingidas, prestando atendimentos em saúde, enviando insumos médicos, mapeando danos e dialogando com lideranças para levantar necessidades.
Em colaboração com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), o Ministério da Saúde realiza monitoramento da saúde das populações indígenas, além de fornecer apoio logístico e operacional para a chegada dos voluntários em áreas de difícil acesso.
A medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 12 de maio, liberou R$ 861 milhões para ações de saúde, dos quais R$ 21,4 milhões são destinados à saúde indígena.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alertas sobre o risco hidrológico para este domingo, 2 de junho, em duas áreas no Rio Grande do Sul.
Na mesorregião Sudeste Rio-Grandense, especialmente nos municípios banhados pela Lagoa dos Patos, o risco hidrológico é classificado como "muito alto". Na mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, o risco é "moderado", devido à diminuição da onda de cheia das bacias dos rios Jacuí, Taquari, Caí e Sinos, que estão acima da cota de alerta, mas em processo de vazante.
HABITAÇÃO
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, destacou neste sábado a medida do Governo Federal para assistência habitacional às pessoas afetadas pelas enchentes.
O recurso será destinado a todos que se enquadram na faixa 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida, com rendimentos de até R$ 4.400.