Vai ter greve amanhã em São Paulo, 05/06? Veja situação dos ônibus
A Prefeitura de São Paulo pede atenção à situaçao dos 7 milhões de passageiros dos ônibus
Na tarde da segunda-feira (3), motoristas de ônibus, cobradores e trabalhadores da manutenção aprovaram uma greve em São Paulo (SP). Ao todo, cerca de 60 mil profissionais irão parar.
As negociações entre o Sindicato, o SMTTRU-SP, e as empresas de transporte ainda seguem sem avanços significativos há 45 dias. A entidade ressalta que está aberta a receber uma nova proposta salarial das empresas até a quinta-feira (6).
O Sindicato afirma que mais de 4 mil trabalhadores participaram da tomada de decisão e reivindicam:
- Reajuste inflacionário de 3,69%;
- 5% de aumento real;
- Reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%.
Além disso, os trabalhadores solicitam a melhoria nos convênios médico e odontológico, jornada de trabalho de 7 horas e auxílio funeral.
Já a Prefeitura respeita a decisão da paralisação, mas cobra a operação com frota mínima em horário de pico e o cumprimento da legislação, com o anúncio da greve sendo feito 72 horas antes.
Veja mais detalhes a seguir.
VAI TER GREVE DE ÔNIBUS EM SÃO PAULO AMANHÃ, 05/06?
Não. A greve está prevista para acontecer apenas a partir da sexta-feira, dia 7 de junho.
Em nota, a prefeitura da capital paulista informa que defende o direito à livre manifestação democrática desde que exista um "aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico".
Desta maneira, caso não haja uma contraproposta ou acordo com os trabalhadores até a sexta (7), a greve estará mantida.
GREVE ÔNIBUS SP
De acordo com o SMTTRU-SP, o movimento terá duração de 24 horas, com paralisação de todo o sistema de transporte público por ônibus, a partir das 00h00. Vale ressaltar que os ônibus intermunicipais não serão afetados.
Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) afirma que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos trabalhadores ainda não foram encerradas.
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“É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, adiciona
Há a previsão de uma nova plenária a ser realizada nesta terça (4) para definir o futuro do movimento.
O QUE DIZ A PREFEITURA DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo defende o direito à livre manifestação democrática desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico para reduzir o impacto junto à população.
O Município reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM estará de prontidão para eventuais ocorrências.
Em relação às motivações dos trabalhadores, cabe à Prefeitura apenas acompanhar a negociação entre as partes. A administração municipal espera que os representantes da categoria e dos empresários encontrem um ponto em comum na campanha salarial sem prejuízo aos passageiros.