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Presidente da Bolívia agradece apoio internacional após tentativa de golpe no país

Luis Arce agradeceu apoio de nações e da comunidade internacional após tentativa de golpe do general Zuñiga ser frustrada na Bolívia, na última quarta

Publicado em 27/06/2024 às 8:42
Notícia

O presidente da Bolívia, Luis Arce, agradeceu o apoio que recebeu de nações e organizações internacionais após a tentativa frustrada de golpe de Estado sofrida na última quarta-feira (25), sob comando do general Juan José Zuñiga, que  foi preso.

Diversos países, como Chile, Venezuela, México e Brasil, condenaram oficialmente a tentativa de golpe.

"Saudamos e agradecemos aos presidentes dos países amigos e às organizações internacionais que condenaram veementemente e se manifestaram a favor da democracia boliviana, diante da tentativa de golpe de Estado contra o nosso governo legitimamente eleito pela maioria dos e dos bolivianos”, escreveu Arce.

“Vamos defender a democracia e a vontade do povo boliviano custe o que custar!”, completou o presidente boliviano.

Leia mais: General deposto garante que tentativa de golpe na Bolívia foi ordem de Arce

O presidente Lula condenou a tentativa de golpe na Bolívia. Desde que as primeiras notícias sobre o movimento no país começaram a surgir, Lula afirmou estar em contato com representantes bolivianos para ajudar o governo local.

"Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, afirmou Lula em conversa com jornalistas.

A Organização das Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA) também expressaram total rejeição ao movimento militar.

Como foi a ação

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou, nesta quarta-feira (26), uma tentativa de golpe de Estado e juramentou uma nova cúpula militar, provocando a retirada das forças sob o comando do deposto chefe do Exército que tentaram invadir o palácio presidencial.

Tropas militares e tanques foram deslocados nesta quarta-feira para a sede do governo boliviano em La Paz e tentaram derrubar uma portão do palácio presidencial, conforme constataram jornalistas da AFP.

O deposto general Juan José Zúñiga, comandante do Exército, entrou em seguida no palácio e, após alguns minutos, deixou o local caminhando, segundo imagens da emissora estatal.

Pouco depois, Arce convocou os bolivianos a se mobilizarem "contra o golpe de Estado" e juramentou os novos comandantes militares.

As tropas sob o comando de Zúñiga abandonaram a praça após várias horas de mobilização.

Arce comemorou a vitória na queda de braço com o general deposto. "Ninguém pode nos tirar a democracia que conquistamos (...) Estamos certos de que vamos continuar e vamos seguir trabalhando", afirmou o presidente de um balcão do palácio de governo diante de centenas de apoiadores.

Zúñiga, que busca impedir a volta do ex-presidente Evo Morales ao poder nas eleições de 2025, garantiu que os militares pretendem "reestruturar a democracia" na Bolívia, e exigiu a libertação dos opositores presos.

Com informações da AFP

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