Eleição na França: extrema-direita vence primeiro turno e Macron pede aliança democrática
Eleição parlamentar da França foi realizada no último domingo e terá novo turno no próximo fim de semana. Partido de Marine Le Pen venceu etapa.
![O presidente francês, Emmanuel Macron.](https://imagens.ne10.uol.com.br/veiculos/_midias/jpg/2024/06/10/597x330/1_000_34vz2hl-27264560.jpg)
A eleição parlamentar da França, realizada no último domingo (30), terminou com o partido de extrema direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, na frente, com 33% dos votos, segundo informou o Ministério do Interior francês.
A votação no país é realizada em dois turnos. A segunda etapa acontece no próximo domingo (7).
No pleito de ontem, a Nova Frentre Popular, de esquerda, ficou com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20%, conforme apontou o g1.
Sistema político da França
A França tem um sistema semipresidencialista, em que os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento.
A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente, que por sua vez é eleito em votação presidencial direta e separada.
Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de "coabitação", o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu.
Caso isso ocorra desta vez, a gestão de coabitação pode culminar na paralisação do governo de Macron. Isso ocorreria porque o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.
O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, caso a extrema direita vença, quem deve assumir o cargo é Jordan Bardella, de apenas 28 anos, principal nome do partido Reunião Nacional (RN).
Eleições foram antecipadas
A eleição parlamentar da França foi convocada antecipadamente, no início de junho, pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu -- o Legislativo de todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas --, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.