Cesta básica: valor registra alta em 10 capitais durante junho, diz Dieese

Segundo o Dieese, o custo da cesta básica aumentou em 10 das 17 capitais pesquisadas em junho. São Paulo registrou o maior aumento

Publicado em 17/07/2024 às 11:30 | Atualizado em 17/07/2024 às 11:32

O custo da cesta básica aumentou em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em junho.

As elevações mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro (2,22%) e em Florianópolis (1,88%), enquanto a maior redução ocorreu em Natal (-6,38%).

São Paulo continua sendo a capital com o conjunto de alimentos básicos mais caro, com um custo de R$ 832,69, seguida por Florianópolis, onde a cesta básica custa R$ 816,06.

Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96) e Recife (R$ 582,90).

Confira relação:

  • São Paulo - 832,69
  • Florianópolis - 816,06
  • Rio de Janeiro - 814,38
  • Porto Alegre - 804,86
  • Curitiba - 754,91
  • Campo Grande - 748,89
  • Vitória - 718,43
  • Goiânia - 711,43
  • Belo Horizonte - 701,55
  • Brasília - 738,93
  • Belém - 695,58
  • Fortaleza - 697,33
  • João Pessoa - 597,32
  • Recife - 582,90
  • Aracaju - 561,96

O levantamento indicou que a alta no custo da cesta básica foi influenciada pelo aumento nos preços de produtos como leite integral (que subiu em 16 das 17 capitais), café em pó (que aumentou em 15 capitais) e arroz (que ficou mais caro em 12 capitais). Os únicos itens que apresentaram redução de preço foram o feijão e a carne bovina.

Comparando os valores da cesta básica entre junho de 2023 e junho de 2024, houve um aumento em 13 cidades, com destaque para o Rio de Janeiro (9,90%), Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). A maior queda foi observada em Recife (-6,16%).

Cesta básica x salário mínimo

Ao comparar o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido — descontando os 7,5% da Previdência Social — observa-se que, em média, o trabalhador destinou 54% de sua renda para adquirir os produtos alimentícios básicos. Esse percentual representa uma leve redução em relação a junho de 2023, quando foi de 55,63%.

Considerando a cesta mais cara, o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas em março deveria ter sido de R$ 6.995,44, ou 4,95 vezes o mínimo atual de R$ 1.412.

No mesmo período do ano passado, com o piso de R$ 1.320, o valor necessário era de R$ 6.578,41, equivalente a 4,98 vezes o valor vigente na época.

Tags

Autor