Governo quer mais beneficiários do Bolsa Família no mercado de trabalho

Apenas 4,33% dos adultos que recebem o Bolsa Família trabalham com carteira assinada, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Este percentual revela um desafio significativo para o governo, que agora busca ampliar a integração dos beneficiários ao mercado de trabalho formal.

No final de 2023, o Bolsa Família atendia 55,74 milhões de pessoas, das quais 29,07 milhões tinham entre 18 e 64 anos.

Destes, apenas 1,26 milhão possuía empregos formais, evidenciando a baixa inserção no mercado de trabalho.

Atualmente, o programa conta com cerca de 663,52 mil beneficiários a menos, totalizando 55,07 milhões de inscritos, sendo 30,18 milhões de adultos.

Vídeo: quem pode receber valor maior do Bolsa Família?

MDS investe em várias frentes para fomentar o mercado de trabalho para beneficiários do Bolsa Família

Para enfrentar essa situação, o MDS tem investido em várias iniciativas.

Além de estabelecer parcerias com o setor privado para promover a contratação de beneficiários, a pasta tem oferecido cursos de capacitação voltados para grupos específicos, como mulheres negras.

A ideia é preparar esses indivíduos para o mercado de trabalho, aumentando suas chances de conseguir empregos formais.

Um dos instrumentos fundamentais nessa estratégia é a chamada "regra de proteção", implementada em 2023.

Segundo essa regra, beneficiários que conseguem emprego e passam a ter uma renda per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo continuam recebendo metade do benefício por dois anos.

Aqueles que passam a ganhar mais de meio salário mínimo deixam de receber o Bolsa Família, mas permanecem cadastrados no CadÚnico por 24 meses.

Essa abordagem reflete a intenção do governo de não apenas fornecer assistência financeira, mas também de criar condições para que os beneficiários do Bolsa Família possam conquistar sua independência econômica e estabilidade no mercado de trabalho.