Greve de ônibus no Grande Recife: paralisação dos motoristas em breve? Saiba

Os rodoviários aprovaram o indicativo de greve e a decisão final sobre a paralisação será tomada no dia 7 de agosto, próxima quarta-feira

Publicado em 02/08/2024 às 6:22

Uma nova greve dos motoristas de ônibus está prestes a ocorrer na Região Metropolitana do Recife. Os rodoviáriosaprovaram o indicativo de greve nas primeiras assembleias realizadas nessa quinta-feira (1/8), em frente às garagens do Consórcio Novo Recife (Transcol e Pedrosa) e da empresa Globo, na Zona Norte da capital.

As assembleias volantes, realizadas entre 3h e 5h, prejudicaram o início da operação dos ônibus nesta quinta-feira, pois as garagens ficaram fechadas, impactando o serviço e afetando os passageiros que dependem do transporte público logo cedo.

Os operadores denunciam que o sindicato tem impedido a saída dos coletivos.

Outras assembleias

Até o dia 7 de agosto, outras dez assembleias ocorrerão, duas por dia. A decisão final sobre a greve será tomada pelo Sindicato dos Rodoviários, sem a necessidade de uma nova assembleia.

Segundo Aldo Lima, presidente da entidade, o edital das assembleias volantes concede essa autonomia ao sindicato.

A categoria está determinada a seguir com a greve. Sem avanços nas negociações da campanha salarial de 2024, os rodoviários vêm realizando paralisações parciais dos ônibus no Grande Recife nas últimas duas semanas, período em que as discussões salariais se estagnaram.

Paralisações temporárias

Além do indicativo de greve, os rodoviários avisaram que continuarão com paralisações temporárias do serviço nas ruas do Recife até a decisão final sobre a greve.

Embora o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) tenha apresentado propostas financeiras razoáveis, a categoria acredita que as cláusulas coletivas, essenciais para os trabalhadores, não estão sendo revisadas adequadamente.

“É o caso da implantação do plano de saúde, que a Urbana-PE não quis, se quer, assumir um compromisso oficial de que iria adotar mais na frente. Não tivemos isso amarrado, o que gera muita insatisfação na categoria. Outro aspecto é a questão do controle de jornada via GPS, aprovado ainda na gestão passada e que prejudica financeiramente o motorista. Ele está pagando para ir ao banheiro ou beber água entre as viagens, por exemplo. Calculamos uma perda de R$ 264 por mês porque as empresas têm descontado de 5 a 30 minutos”, destaca Aldo Lima.

 

As operadoras teriam oferecido um aumento de 4,2% (ganho real de 0,5% acima da inflação de 3,7%), reajuste do vale-alimentação de R$ 366,40 para R$ 400, e aumento do adicional pela dupla função dos motoristas de R$ 150 para R$ 180.

No entanto, os rodoviários reivindicam um aumento real de 5%, duplicação do vale-alimentação e aumento do adicional da dupla função para R$ 500.

 

 

 

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