Hepatites virais: especialista alerta sobre diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento e para prevenir complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.

Publicado em 03/08/2024 às 7:08

As hepatites virais, doenças silenciosas que afetam o fígado, representam um problema de saúde pública de grande relevância.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 325 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de hepatite B ou C, com 1,4 milhão de mortes anuais.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que cerca de 50 mil pessoas vivem com essas doenças, muitas sem saber.

O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento e para prevenir complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.

"Quanto mais cedo a hepatite for diagnosticada, melhores são as chances de cura e de evitar sequelas," alerta o Dr. Danilo Campos, infectologista da Rede Oto.

Sintomas da hepatites

Um dos desafios no combate às hepatites virais B e C é que, na fase inicial, a doença pode ser assintomática.

"É comum que os pacientes não apresentem sintomas ou que sejam inespecíficos, como cansaço, náuseas e dor abdominal”, diz Campos.

Embora existam vacinas para a hepatite B, a hepatite C ainda não tem vacina.

"A prevenção da hepatite C envolve medidas como uso de preservativos, evitar compartilhar objetos perfurocortantes e não fazer tatuagens ou piercings em locais sem a devida higiene," orienta o especialista.

Grupos com maior risco de contrair

De acordo com o Dr. Danilo, os grupos com maior risco de contrair hepatites virais são:

  • pessoas que fizeram transfusões de sangue antes de 1993;
  • profissionais da saúde que lidam com sangue e outros fluidos corporais;
  • pessoas com múltiplos parceiros sexuais;
  • usuários de drogas injetáveis;
  • pacientes em hemodiálise;
  • e recém-nascidos de mães portadoras do vírus.

Testes

O teste para hepatite B e C é rápido, gratuito e pode ser feito em unidades básicas de saúde. "É importante que todas as pessoas, especialmente aquelas que pertencem aos grupos de risco, façam o teste e, se necessário, iniciem o tratamento o mais rápido possível", reforça.

O tratamento para a hepatite B e C evoluiu significativamente nos últimos anos. "Atualmente, existem medicamentos altamente eficazes que podem curar a hepatite C e controlar a hepatite B”, frisa.

Segundo o infectologista, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem prevenir a progressão da doença para cirrose, câncer de fígado e outras complicações graves.

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