Correios em greve: Trabalhadores aprovam paralisação em nove estados; veja quais

Principal motivo da greve dos Correios é o custeio do plano de saúde, que, segundo ele, apresenta uma coparticipação muito onerosa

Publicado em 09/08/2024 às 5:53

Os trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após votações realizadas em assembleias nessa quarta-feira (07), tanto na capital paulista quanto em outros estados brasileiros.

A assembleia em São Paulo contou com a participação de aproximadamente 5.000 trabalhadores, de acordo com a Findect (Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios).

A paralisação, que teve início às 22h da quarta-feira, envolve carteiros, motoristas e trabalhadores das áreas de tratamento e atendimento, conforme informado pela federação.

Sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento.

Os Correios, por sua vez, informaram que as agências permaneceram abertas nesta quinta-feira (8) e que todos os serviços continuam disponíveis para a população.

A estatal adotou medidas como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras para cobrir "ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato."

Motivo da greve

Segundo Douglas Ramos, diretor de comunicação da Findect e do Sintect (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba), o principal motivo da greve é o custeio do plano de saúde, que, segundo ele, apresenta uma coparticipação muito onerosa.

A categoria também reivindica um reajuste salarial com base na inflação, além de um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.

Os Correios propuseram um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, além de um aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024 e um incremento de 20% para motociclistas e motoristas.

Em relação ao plano de saúde, a empresa informou que está em processo de alteração do regulamento para reduzir a coparticipação de 30% para 15%, com previsão de implementação no próximo mês, após a realização dos ajustes necessários para adequação às normas vigentes.

A disputa vem se desenrolando desde o início do ano, após uma greve que quase atingiu a Black Friday no ano passado.

Segundo a Findect, após 14 reuniões de negociação, "a empresa demonstrou mais uma vez sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores."

A greve continuará até a próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana, de acordo com Ramos.

Correios mantém operações

Na manhã desta quinta-feira (08), os Correios informaram por nota que operam normalmente em todo o Brasil.

“As agências estão abertas e todos os serviços disponíveis. A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato.”

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