La Niña: entenda os efeitos da nova temporada desse fenômeno

La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, resultando em temperaturas abaixo da média

Publicado em 13/08/2024 às 10:32

Uma nova temporada do fenômeno climático La Niña deve se manifestar no segundo semestre deste ano, após um período de El Niño.

Embora a transição entre esses fenômenos seja relativamente suave, isso indicará mudanças significativas no padrão de precipitação no Brasil nos próximos meses.

O que é La Niña?

La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, resultando em temperaturas abaixo da média. Esse fenômeno é o oposto do El Niño, que envolve o aquecimento das águas do Pacífico.

Impactos no Clima do Brasil

O resfriamento das águas do Pacífico influencia a circulação atmosférica, aumentando a umidade do ar em parte da América do Sul. Segundo o meteorologista Guilherme Borges, do Climatempo, os efeitos de La Niña são diversos:

  • Norte e Nordeste: A intensificação das chuvas é esperada nessas regiões.
  • Centro-Oeste e Sudeste: O impacto pode variar, com anos podendo ser mais ou menos chuvosos, dependendo da evolução do fenômeno.
  • Sul: Espera-se uma redução nas chuvas, levando a condições mais secas.

Histórico e Comparações

A última temporada de La Niña ocorreu entre 2020 e meados de 2023, trazendo efeitos marcantes: intensificação da seca no Sul e aumento das chuvas no Norte e Nordeste. Em fevereiro de 2023, o Rio Grande do Sul enfrentou uma estiagem severa, com mais de 200 cidades em situação de emergência.

O fenômeno El Niño, que começou a se desenvolver no meio do ano passado, interrompeu a sequência de resfriamento. Contudo, a chegada de La Niña promete mudanças ainda mais significativas no padrão climático, embora de forma gradual.

Expectativas para a Nova Temporada

O primeiro ano do novo La Niña deverá apresentar efeitos mais brandos, funcionando como um período de adaptação. A previsão é de que a região Sul experimente chuvas abaixo da média, enquanto o Norte e Nordeste terão precipitações mais intensas.

No segundo ano do fenômeno, a seca deve se intensificar especialmente no Sul do Brasil.

Guilherme Borges destaca que, embora os efeitos do La Niña já possam ser notados, a atmosfera leva algum tempo para ajustar-se completamente às mudanças, com impactos mais evidentes esperados para o final do ano.

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