Brasil fecha 2024 com 17,7 milhões de emissões da nova identidade
Primeira via do documento é gratuita e possibilita acesso mais seguro aos mais de 4.500 serviços digitais disponíveis no portal gov.br
O ano de 2024 foi crucial para a popularização da Carteira de Identidade Nacional (CIN), uma iniciativa do Governo Federal que visa reduzir fraudes, qualificar o acesso a serviços públicos digitais e aprimorar os cadastros administrativos.
Durante o período, 14,9 milhões de novos documentos foram emitidos, somando um total de 17,7 milhões de registros desde o lançamento.
Segurança e Acesso Digital
A CIN oferece uma conta Ouro no portal GOV.BR, garantindo acesso mais seguro a mais de 4.500 serviços digitais.
A expectativa é que, no futuro, muitos desses serviços sejam ofertados de forma automatizada.
Como Emitir a CIN?
A principal inovação da CIN é o padrão nacional e o uso do CPF como número único. Todos os cidadãos têm até 2032 para realizar a troca de seus documentos.
A primeira via é gratuita e pode ser solicitada em todos os estados brasileiros (confira mais informações em gov.br/identidade).
Documentos necessários:
- Certidão de nascimento ou casamento.
Dados por Estado
Minas Gerais lidera a emissão com 2,18 milhões de CINs, seguido por:
- Rio Grande do Sul: 1,78 milhão
- Rio de Janeiro: 1,52 milhão
- São Paulo: 1,42 milhão
- Santa Catarina: 1,32 milhão
- Paraná: 1,26 milhão
Na proporção populacional, o Piauí lidera com 27,7% da população já emitindo o novo documento, enquanto outros estados, como Acre, Mato Grosso e Alagoas, apresentam índices superiores a 15%.
Adesão por Faixa Etária
Os jovens têm demonstrado maior adesão ao novo documento.
A faixa etária de 15 a 19 anos representa o maior percentual de emissões (11%), seguida pelos brasileiros de 10 a 14 anos (8,9%).
Inclusão para Pessoas com Deficiência
A CIN contempla símbolos internacionais que identificam deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Até o fim de 2024, 289 mil documentos foram emitidos para pessoas com deficiência, sendo:
- 56% para TEA
- 16,7% para deficiência intelectual
- 14,7% para deficiência física
- 7% para deficiência visual
- 5,5% para deficiência auditiva
Tecnologia que Simplifica
Ana Isabel, estudante de Biblioteconomia na Universidade de Brasília (UnB), destaca os benefícios da nova carteira:
“Melhorou muita coisa, porque agora a tecnologia conseguiu dar essa possibilidade de as coisas não precisarem ser físicas. Às vezes, a gente não quer levar bolsas, a gente só leva o celular. Gostei bastante.”
Segurança para Crianças
Mesmo bebês podem obter o documento. Pedro Sodré, morador de Brasília, explicou sua decisão de emitir a CIN para seu filho de oito meses:
“A certidão de nascimento não tem foto, então a gente ficou mais seguro. É mais confiável e dá para identificar corretamente o bebê. Qualquer coisa que aconteça, podemos mostrar que ele realmente é nosso filho.”
Infraestrutura Digital em Expansão
O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, está desenvolvendo uma Infraestrutura Pública Digital (IPD) para automatizar os serviços públicos.
Essa IPD utiliza a base de dados da CIN e a identificação digital no portal GOV.BR.
O secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, destaca o objetivo da iniciativa:
“Queremos que os cidadãos tenham visão de governo único quando acessarem o Gov.br, que a plataforma esteja alinhada à jornada de vida da pessoa e essa IPD é fundamental para isso.”
Ele ainda projeta um futuro mais eficiente e automatizado:
“Um cidadão bem identificado não precisa comprovar que tem direito a um benefício.”
A Carteira de Identidade Nacional é um passo importante para modernizar o Brasil, unificando processos e promovendo maior segurança e acessibilidade para todos os cidadãos.