Brasil fecha 2024 com 17,7 milhões de emissões da nova identidade

Primeira via do documento é gratuita e possibilita acesso mais seguro aos mais de 4.500 serviços digitais disponíveis no portal gov.br

Publicado em 03/01/2025 às 14:02
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O ano de 2024 foi crucial para a popularização da Carteira de Identidade Nacional (CIN), uma iniciativa do Governo Federal que visa reduzir fraudes, qualificar o acesso a serviços públicos digitais e aprimorar os cadastros administrativos.

Durante o período, 14,9 milhões de novos documentos foram emitidos, somando um total de 17,7 milhões de registros desde o lançamento.

Segurança e Acesso Digital

A CIN oferece uma conta Ouro no portal GOV.BR, garantindo acesso mais seguro a mais de 4.500 serviços digitais.

A expectativa é que, no futuro, muitos desses serviços sejam ofertados de forma automatizada.

Como Emitir a CIN?

A principal inovação da CIN é o padrão nacional e o uso do CPF como número único. Todos os cidadãos têm até 2032 para realizar a troca de seus documentos.

A primeira via é gratuita e pode ser solicitada em todos os estados brasileiros (confira mais informações em gov.br/identidade).

Documentos necessários:

  • Certidão de nascimento ou casamento.

Dados por Estado

Minas Gerais lidera a emissão com 2,18 milhões de CINs, seguido por:

  • Rio Grande do Sul: 1,78 milhão
  • Rio de Janeiro: 1,52 milhão
  • São Paulo: 1,42 milhão
  • Santa Catarina: 1,32 milhão
  • Paraná: 1,26 milhão

Na proporção populacional, o Piauí lidera com 27,7% da população já emitindo o novo documento, enquanto outros estados, como Acre, Mato Grosso e Alagoas, apresentam índices superiores a 15%.

Adesão por Faixa Etária

Os jovens têm demonstrado maior adesão ao novo documento.

A faixa etária de 15 a 19 anos representa o maior percentual de emissões (11%), seguida pelos brasileiros de 10 a 14 anos (8,9%).

Inclusão para Pessoas com Deficiência

A CIN contempla símbolos internacionais que identificam deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Até o fim de 2024, 289 mil documentos foram emitidos para pessoas com deficiência, sendo:

  • 56% para TEA
  • 16,7% para deficiência intelectual
  • 14,7% para deficiência física
  • 7% para deficiência visual
  • 5,5% para deficiência auditiva

Tecnologia que Simplifica

Ana Isabel, estudante de Biblioteconomia na Universidade de Brasília (UnB), destaca os benefícios da nova carteira:

“Melhorou muita coisa, porque agora a tecnologia conseguiu dar essa possibilidade de as coisas não precisarem ser físicas. Às vezes, a gente não quer levar bolsas, a gente só leva o celular. Gostei bastante.”

Segurança para Crianças

Mesmo bebês podem obter o documento. Pedro Sodré, morador de Brasília, explicou sua decisão de emitir a CIN para seu filho de oito meses:

“A certidão de nascimento não tem foto, então a gente ficou mais seguro. É mais confiável e dá para identificar corretamente o bebê. Qualquer coisa que aconteça, podemos mostrar que ele realmente é nosso filho.”

Infraestrutura Digital em Expansão

O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, está desenvolvendo uma Infraestrutura Pública Digital (IPD) para automatizar os serviços públicos.

Essa IPD utiliza a base de dados da CIN e a identificação digital no portal GOV.BR.

O secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, destaca o objetivo da iniciativa:

“Queremos que os cidadãos tenham visão de governo único quando acessarem o Gov.br, que a plataforma esteja alinhada à jornada de vida da pessoa e essa IPD é fundamental para isso.”

Ele ainda projeta um futuro mais eficiente e automatizado:

“Um cidadão bem identificado não precisa comprovar que tem direito a um benefício.”

A Carteira de Identidade Nacional é um passo importante para modernizar o Brasil, unificando processos e promovendo maior segurança e acessibilidade para todos os cidadãos.

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