Ondas de calor: Aumento de 167% da mortalidade entre idosos no Brasil
"Pacientes com problemas cardíacos devem ter atenção redobrada, pois o calor extremo e a desidratação aumentam o risco de trombose, infarto e AVC."

Atenção, cardiopatas! O calor extremo e a desidratação aumentam significativamente o risco de trombose, infarto e AVC.
Com temperaturas até 7°C acima da média e ondas de calor cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, os impactos na saúde se tornam alarmantes.
A exposição prolongada ao calor intenso pode provocar tontura, fadiga, palpitações e, em casos mais graves, emergências cardiovasculares.
O risco de infarto se intensifica quando os termômetros ultrapassam os 34°C, principalmente em pessoas com colesterol alto e hipertensão.
Segundo o Dr. Marcelo Pedro dos Santos, cardiologista do Grupo Med+, o calor extremo sobrecarrega o sistema cardiovascular, elevando a frequência cardíaca e alterando a pressão arterial.
"Muita gente subestima os efeitos do calor, mas ele pode ser um gatilho para infarto, AVC e arritmias. O corpo precisa se adaptar às altas temperaturas, e nem sempre consegue fazer isso de maneira eficiente", alerta o especialista.
Calor e riscos cardiovasculares
A desidratação desencadeia uma reação perigosa no organismo: para manter a pressão arterial, os vasos sanguíneos se contraem e os batimentos cardíacos aumentam.
“Pacientes com insuficiência cardíaca ou histórico de infarto devem redobrar os cuidados, pois a combinação de calor extremo e desidratação pode tornar o sangue mais viscoso, elevando significativamente o risco de trombose, infarto e AVC”, explica o Dr. Marcelo.
Globalmente, as mortes por acidente vascular cerebral (AVC) relacionadas ao calor extremo entre idosos aumentaram 167%.
O problema se agrava porque os mais velhos nem sempre sentem sede com a mesma intensidade dos jovens, desidratando-se sem perceber, o que pode levar a complicações graves.
Como se proteger?
- Hidrate-se constantemente – Beba pelo menos 35 ml de água por kg de peso corporal.
- Evite o sol entre 10h e 16h, período mais quente do dia.
- Modere o consumo de álcool, cafeína e alimentos gordurosos, que pioram a desidratação.
- Monitore sua pressão arterial regularmente, especialmente se for hipertenso.
- Use roupas leves e prefira ambientes ventilados ou climatizados.
"Cuidar da saúde cardiovascular no calor não exige grandes mudanças, mas exige atenção. Pequenos hábitos, como beber mais água e evitar o sol nos horários mais quentes, podem evitar complicações sérias", finaliza o Dr. Marcelo.