Missa do Vaqueiro 2025: Serrita se prepara para celebrar 55ª edição

Neste ano, a Missa do Vaqueiro está marcada para acontecer no dia 27 de julho, com expectativa de atrair milhares de turistas e vaqueiros do país

Publicado em 29/04/2025 às 22:36
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A Missa do Vaqueiro, um dos maiores símbolos de fé e cultura do Nordeste, celebrada anualmente em Serrita, Pernambuco, se prepara para sua 55ª edição em 2025. Marcada para 27 de julho, a festividade atrai milhares de fiéis, turistas e vaqueiros de todo o Brasil, unindo religiosidade, música e tradições populares.

Iniciada em 1970 por iniciativa do Padre João Câncio, com a colaboração de Luiz Gonzaga, Pedro Bandeira e Jandhuy Finizola, a Missa do Vaqueiro surgiu da comoção pelo assassinato do vaqueiro Raimundo Jacó. A trilha sonora original, "Rezas de Sol", de Jandhuy Finizola, tornou-se um símbolo do evento.

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Em 2025, Antonio Marinho homenageará Finizola com uma poesia. A edição também contará com a participação do Padre Antônio Maria, conhecido por sua voz marcante e forte atuação na evangelização, prometendo emocionar o público e tornar a celebração ainda mais especial.

O ofertório é um dos momentos mais emblemáticos da Missa do Vaqueiro. Vaqueiros, em seus trajes típicos, oferecem instrumentos de trabalho ao altar, como selas, peitorais, chicotes e gibões. A arrecadação de doações em dinheiro é feita com o tradicional chapéu de couro, e alimentos doados, muitas vezes, vêm da colheita dos próprios vaqueiros.

A programação completa da edição de 2025 será divulgada em breve.

Desafios e a Resistência Cultural

A Missa do Vaqueiro enfrenta desafios em relação à sua organização e identidade. A Prefeitura de Serrita busca maior protagonismo, gerando tensões com a Fundação Padre João Câncio, responsável pela organização desde a criação do evento. Em 2024, a proposta de mudar o nome para “Festa de Jacó” foi criticada pela Fundação, que a viu como uma tentativa de descaracterização.

A Fundação Padre João Câncio reafirma seu compromisso com a preservação da Missa do Vaqueiro como patrimônio cultural e religioso do sertão nordestino.

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