Projeto vai plantar 500 mil mudas de espécies nativas da Caatinga no Estado

Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 70% do território do estado e afeta diretamente 200 mil famílias produtoras rurais

Publicado em 29/04/2025 às 13:52
Google News

Para ampliar a cobertura vegetal de Pernambuco, por meio da recuperação e da conservação do meio ambiente, 500 mil mudas de espécies nativas da Caatinga serão plantadas em todo o estado.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE), e a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável do Araripe (Fundação Araripe).

O plantio das mudas faz parte do Projeto Reflorestando Unidades de Conservação e suas Zonas de Amortecimento para Restaurar a Biodiversidade e Fortalecer as Iniciativas Socioprodutivas da Caatinga, selecionado por meio do Edital Caatinga.

Além do reflorestamento das áreas, a ação prevê a mitigação das mudanças climáticas e o impulsionamento da sociobioeconomia e impactando a geração de renda, a segurança social, alimentar e hídrica. As regiões enfrentam desafios como a escassez de água e, em paralelo, desempenham papel importante na produção agrícola.

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 70% do território de Pernambuco e afeta diretamente 200 mil famílias produtoras rurais, em sua maioria no interior do Estado.

“O Governo de Pernambuco está investindo em iniciativas de recuperação de áreas degradadas do semiárido pernambucano, por entender a importância do bioma Caatinga para a sociedade e para o meio ambiente. Essas ações sustentáveis em Unidades de Conservação e nas suas respectivas Zonas de Amortecimento, em especial, oportunizam a reabilitação do ecossistema nativo e promovem uma atmosfera mais saudável para os residentes de Pernambuco”, comentou o diretor-presidente da CPRH, Anchieta Santos.

No primeiro ciclo do projeto, serão plantadas mais de 280 mil mudas, produzidas em sete viveiros. Deste total, 45 mil já foram plantadas, distribuídas em seis unidades de conservação: APA Chapada do Araripe, Floresta Nacional Negreiros (Flona Negreiros), Mata da Pimenteira, Parque Nacional do Catimbau e Parque Estadual Serra do Areal.

“Os produtores familiares rurais têm a Caatinga como fonte de renda e de geração de alimento, tanto para fins humanos quanto para animais. A pecuária extensiva é uma das principais atividades desenvolvidas na região, junto com a apicultura, meliponicultura e o extrativismo, o que torna a Caatinga um bioma com necessidades urgentes de seu manejo”, afirma o coordenador-geral do projeto e diretor técnico da Fundação Araripe, Francisco Campello.

Ao todo, serão reestruturadas 11 das 15 Unidades de Conservação do Bioma Caatinga localizadas em Pernambuco.

Fazem parte do projeto as seguintes Unidades de Conservação:

Parque Estadual (PE) Serra do Areal, em Petrolina

Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Riacho Pontal, em Petrolina

Estação Ecológica (ESEC) Serra da Canoa, em Floresta

Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Serras Caatingueiras, em Cabrobó e Salgueiro, abrangendo o complexo de serras Livramento, Bandeira, Letras, Pau Ferro, Monte Santo e Mucurana

Área de Proteção Ambiental (APA) Chapada do Araripe, em Araripina, Bodocó, Cedro, Exu, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz e Trindade

Floresta Nacional (FLONA) Negreiros, em Serrita e Parnamirim

Parque Nacional (PARNA) do Catimbau, em Buíque, Tupanatinga e Ibimirim

Parque Estadual (PE) Mata da Pimenteira, em Serra Talhada e inserida nos limites da Fazenda Saco

Reserva Biológica (REBio) Serra Negra, em Floresta, Inajá e Tacaratu, com ocorrência de formações de Brejos de Altitude

Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Cabeceiras do Capibaribe, em Jataúba e Poção

Área de Proteção Ambiental (APA) Serras e Brejos do Capibaribe, em Brejo da Madre de Deus, Belo Jardim, Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte e Vertentes

Tags

Autor