Tremor de terra é registrado em Caruaru; sismólogo explica causas e histórico da região

Abalo chegou a ser percebido por moradores da região; último tremor registrado em Pernambuco foi no município de São Joaquim do Monte

Publicado em 16/05/2025 às 14:57
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A cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, registrou um tremor de terra de magnitude 1.9 na escala Richter na madrugada desta sexta-feira (16).

Segundo informações do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), o abalo chegou a ser percebido por moradores da região.

O último tremor registrado em Pernambuco, antes do ocorrido em Caruaru, foi no dia 8 de maio, no município de São Joaquim do Monte.

Na ocasião, um sismo de magnitude 2.1 mR foi registrado às 16h38, de acordo com o Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis).

Tremor representa risco à população de Caruaru?

De acordo com o sismólogo Eduardo Menezes, do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), eventos dessa intensidade são considerados fracos, mas comuns em regiões geologicamente ativas, como é o caso do município do Agreste.

Risco não [ocorre]. Um evento nessa ordem de grandeza é considerado de baixa intensidade [...] sua profundidade também não é muito grande, normalmente tem origem tectônica, que são os movimentos de falhas que sofrem pressão no interior da terra", disse.

"Caruaru tem relatos históricos de tremores ocorridos desde século passado. É uma região sismicamente ativa e de recorrência de tremores. Desde 1991 que o LabSis monitora a região. Ao longo desse tempo já foram mapeados pelo menos três áreas sísmicas ativas na região”, continuou.

Questionado sobre a possibilidade de tremores leves servirem como prenúncio para eventos de maior magnitude, o especialista explicou que há diferentes padrões observados no monitoramento realizado no Nordeste, e que o comportamento sísmico pode variar bastante.

Ao longo das observações que temos feito no monitoramento aqui no Nordeste do Brasil, as atividades sísmicas se manifestam de três formas: um aparecimento de vários micro tremores que antecedem um evento maior, a ocorrência de alguns tremores com magnitude entre 1.5 e 2, não sendo observado micro tremores entre eles, e outra observação é a ocorrência de um tremor forte de magnitude 3 ou maior, seguido por um período com muitas réplicas podendo demorar dias ou meses”, explicou.

Importância do monitoramento

Para ele, o monitoramento contínuo é fundamental não apenas para entender o comportamento sísmico da região, mas também para fornecer informações às autoridades responsáveis pela proteção da população.

Por isso o monitoramento é muito importante para essas identificações e para as orientações a serem informadas aos órgãos como Defesa Civil na ideia de mitigar ações futuras de assistência à população”, finalizou.

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